Um avião Piper PA-42-1000 Cheyenne 400 caiu em Gramado, na Região da Serra, resultando na morte de dez ocupantes e ferindo outras 17 pessoas. A aeronave, produzida pela fabricante estadunidense Piper Aircraft entre 1984 e 1991, não tinha obrigatoriedade de possuir gravador de voo, o que, segundo a polícia, dificulta a investigação das causas do acidente.
Quando ocorrem acidentes aéreos, a busca pela caixa-preta é prioridade após o resgate dos sobreviventes. Este dispositivo é um sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas conversas da tripulação e informações da aeronave, como velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de potência. A caixa-preta é dividida em duas partes: o gravador de voz do cockpit (CVR) e o gravador de dados de voo (FDR). No entanto, a ausência desse equipamento no Piper Cheyenne é um obstáculo para a investigação.
O Piper Cheyenne é uma aeronave de pequeno porte, com motor a hélice, medindo 13,2 metros de comprimento, 5,1 metros de altura e envergadura de 14,5 metros. Com capacidade para transportar quase uma tonelada de carga útil, é considerado seguro por especialistas. A aeronave que sofreu o acidente em Gramado já havia realizado voos entre Jundiaí (SP) e Paraty (RJ) antes de seguir para a Serra.
O peso do avião era de aproximadamente 5,4 toneladas, e sua situação de aeronavegabilidade estava regular.
De acordo com dados da Anac, a aeronave possui nove assentos, com capacidade para oito passageiros. Além disso, o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) da aeronave era válido até março de 2025.
A Polícia Civil informou que as vítimas da queda do avião incluem o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, e nove familiares: a esposa, três filhas, a sogra, a irmã, o cunhado e duas crianças. Em nota, a Galeazzi & Associados confirmou que um dos mortos é Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, diretor da empresa, mas não confirmou se ele era cunhado de Luiz Cláudio.
Fonte: Gazeta Brasil