As equipes de resgate começaram a remover os corpos das 10 vítimas do acidente aéreo ocorrido neste domingo (22) em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul. De acordo com o coronel do Corpo de Bombeiros Militar, Maurício Ferro Corrêa, os primeiros restos mortais estavam na entrada da loja onde a aeronave parou e explodiu. "Depois da liberação da perícia, os corpos encontrados tiveram todos os fragmentos recolhidos. Eles vão agora para perícia, para termos certeza que todas as pessoas que estavam na aeronave foram encontradas e, também, para descartar a possibilidade de alguma vítima não identificada em solo", explicou em coletiva de imprensa.
Corrêa destacou que, devido ao estado dos corpos, não foi possível precisar a quantidade de vítimas já retiradas. "Pela natureza do acidente, envolvendo um avião com bastante velocidade e por ter ocorrido uma explosão, é comum que os corpos não sejam encontrados integralmente. Assim, tudo aquilo que é encontrado, corpos inteiros ou não, é colocado em sacos e, a partir daí, levado para a identificação", detalhou.
Após a retirada dos primeiros fragmentos das vítimas, o Corpo de Bombeiros informou que seguirá na remoção de todas as estruturas, para que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) tenha acesso à fuselagem da aeronave e aos corpos. "Nossa preocupação é garantir a segurança do trabalho da perícia, para que eles façam uma investigação adequada", acrescentou o coronel. Ele informou ainda que as equipes continuarão no local, mesmo durante a noite, até que todas as vítimas sejam removidas.
Devido ao risco de desabamento pelo comprometimento da estrutura, a pousada atingida será interditada pelo Corpo de Bombeiros. Todos os hóspedes e funcionários foram retirados ainda durante a manhã.
A aeronave partiu de Canela, cidade vizinha, e caiu poucos minutos depois. Na queda, atingiu a chaminé de um prédio, uma casa, uma pousada e uma loja de móveis. Dezessete pessoas que estavam em solo foram levadas para atendimento médico. Os dez mortos estavam no avião.
A Polícia Civil informou que as vítimas são o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, e 9 familiares dele: a mulher, três filhas, a sogra, a irmã, o cunhado e duas crianças. Os nomes não foram divulgados. Em nota, a Galeazzi & Associados afirmou que um dos mortos é Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, diretor da empresa. A companhia não confirmou se Bruno é cunhado de Luiz Cláudio.
Para acessar a estrutura do avião e chegar aos corpos, uma retroescavadeira teve que derrubar parte da estrutura da loja atingida. Ao menos três corpos já foram removidos e estão nos veículos do Instituto Geral de Perícias (IGP). De lá, seguirão para identificação.
O avião de pequeno porte havia saído do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí, em São Paulo, quando caiu por volta das 9h15. No momento da queda, a aeronave atingiu a chaminé de um prédio, uma casa, uma loja de móveis e uma pousada. Uma turista que estava no local e presenciou a queda disse que as pessoas entraram em desespero. Segundo os bombeiros, no prédio uma pessoa conseguiu sair sem ferimentos. Não havia ninguém na loja de móveis no momento da queda.
Gazeta Brasil