O advogado José Luís Oliveira Lima, contratado para representar o general Walter Braga Netto, fez declarações contundentes ao rebater as acusações que levaram à prisão do militar. Segundo ele, as alegações feitas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, são baseadas em um relato que carece de credibilidade. Oliveira Lima classificou a delação de Cid como uma tentativa desesperada de criar uma narrativa que envolva o general em crimes inexistentes, reiterando que a acusação não possui sustentação factual.
De acordo com o advogado, a prisão de Braga Netto foi fundamentada exclusivamente na palavra de um delator cuja credibilidade é nula. Ele criticou a falta de provas concretas que corroborem as declarações de Mauro Cid, considerando a ação judicial como uma estratégia política disfarçada de procedimento jurídico. "Essa acusação é uma mentira. O general nunca entregou dinheiro para financiar qualquer tipo de plano. É, no mínimo, curioso que, após oito meses e diversas versões contraditórias, o colaborador apresente agora essa versão fantasiosa", afirmou Lima, destacando a inconsistência do depoimento.
Oliveira Lima anunciou que pedirá um depoimento de Braga Netto para esclarecer os fatos. O advogado enfatizou que o general está disposto a colaborar com a Justiça para desmentir as acusações e esclarecer todos os pontos levantados pela delação de Mauro Cid. "Ele quer esclarecer os fatos o mais rápido possível", declarou o criminalista, ressaltando o compromisso de seu cliente com a verdade e a transparência.
A prisão de Braga Netto, um dos principais aliados de Jair Bolsonaro durante o governo, é vista como parte de uma ofensiva judicial que visa atingir o ex-presidente. Para Oliveira Lima, essa é mais uma tentativa do sistema de criar narrativas que possibilitem uma eventual prisão de Bolsonaro. Segundo ele, há um movimento claro para transformar figuras próximas ao ex-presidente em peças de um jogo político que busca deslegitimá-lo.
As alegações contra Braga Netto surgiram em um contexto de delações premiadas que têm sido utilizadas como base para investigações envolvendo o governo anterior. Mauro Cid, que está sob custódia das autoridades há meses, tem feito revelações que buscam implicar figuras-chave da gestão Bolsonaro em supostos esquemas ilegais. Contudo, a defesa de Braga Netto argumenta que as declarações de Cid carecem de consistência e são contraditórias, indicando que o delator estaria agindo sob pressão para fornecer informações que incriminem ex-membros do governo.
Oliveira Lima também destacou que a detenção de Braga Netto é mais um capítulo de um processo judicial que, segundo ele, tem sido conduzido de maneira parcial e politizada. Para o advogado, há uma clara tentativa de instrumentalizar a Justiça para alcançar objetivos políticos. Ele afirmou que a defesa não aceitará que acusações infundadas prejudiquem a reputação e a honra do general, que serviu ao país com distinção durante décadas.
Além de pedir o depoimento de Braga Netto, a defesa pretende apresentar documentos e depoimentos que desmintam as alegações feitas por Mauro Cid. Oliveira Lima declarou que o foco é desmontar a narrativa construída contra seu cliente e expor a fragilidade das provas apresentadas pela acusação. Ele acredita que o caso será esclarecido rapidamente, uma vez que não há evidências concretas que sustentem as acusações.
A prisão do general provocou reações de apoio entre aliados de Bolsonaro, que veem na detenção mais um indício de perseguição política. Parlamentares da base bolsonarista e figuras públicas próximas ao ex-presidente criticaram a ação judicial, alegando que o caso é parte de um plano maior para enfraquecer a oposição ao atual governo. Nas redes sociais, muitos destacaram o histórico de Braga Netto como militar e político, argumentando que ele seria incapaz de se envolver nos crimes apontados por Cid.
A defesa de Braga Netto pretende acelerar o processo para que o general tenha a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos. Oliveira Lima está confiante de que, uma vez esclarecidas as circunstâncias, ficará evidente que as acusações contra seu cliente não passam de uma tentativa de manipular a opinião pública e justificar medidas extremas contra Bolsonaro e seus aliados.
O caso também levantou questionamentos sobre o uso de delações premiadas como base para prisões e investigações. Críticos argumentam que essa prática pode ser manipulada para atender a interesses específicos, enquanto defensores alegam que é uma ferramenta eficaz no combate à corrupção. No entanto, no caso de Mauro Cid, as inconsistências em suas declarações têm gerado dúvidas até mesmo entre observadores mais imparciais.
Com a intensificação das investigações, o futuro político de figuras importantes do governo Bolsonaro, como Braga Netto, continua incerto. No entanto, a defesa do general permanece firme na posição de que ele é vítima de uma tentativa de incriminação baseada em relatos fabricados. Para Oliveira Lima, a verdade prevalecerá, e as acusações infundadas serão desmascaradas.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/