O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que as Forças Armadas esperavam a prisão do general Braga Netto, mas que ela gerou "constrangimento" na caserna. A declaração foi dada em São Paulo, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa terça-feira (17).
Vice na chapa à reeleição de Jair Bolsonaro em 2022, Braga Netto foi preso em um inquérito que investiga uma tentativa de suposto golpe de estado. Múcio ainda reforçou que o constrangimento no Exército, Marinha e Aeronáutica não é um sentimento de impunidade.
"Isso mexe com os militares, é como você ter um amigo que está respondendo a um processo. Você quer que ele pague diante da lei, mas fica constrangido porque ele é um amigo. É um colega, muitos estudaram juntos, é o primeiro general quatro estrelas detido no Exército, mas não foi surpresa para ninguém", disse Múcio.
Múcio afirmou também o desejo que todos os envolvidos no suposto golpista paguem pelos eventuais crimes cometidos. Segundo ele, isso também ajudará a tirar a suspeição contra as Forças Armadas como um todo.
"Evidentemente, isso era uma coisa que já se esperava, há um constrangimento ao espírito de corpo de cada força, mas já se esperava. Nós desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça. Mas é necessário, isso precisa acabar para a gente olhar para a frente e para a gente tirar a suspeição dos inocentes, eu digo que cada um entrou nisso com seus CPFs, a gente tem que preservar o CNPJ das três forças", disse.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br