Após duas cirurgias e um procedimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar no domingo (15) e permanecerá em São Paulo (SP) até, pelo menos, quinta-feira (19), quando realizará uma tomografia de controle para reavaliar seu estado clínico.
O cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, informou que, se os resultados do exame forem favoráveis, o presidente poderá retornar a Brasília. Após a alta, Lula afirmou que está se sentindo bem e que voltará para casa "tranquilo".
O presidente havia deixado a UTI na última sexta-feira (13), quando foi transferido para os cuidados semi-intensivos. De acordo com o boletim médico, ele estava lúcido e orientado, e o quadro indicava que a alta hospitalar seria iminente. Kalil explicou que Lula deve seguir repouso relativo por cerca de 15 dias, mas poderá retomar sua rotina de trabalho normalmente. "Ele terá algumas restrições nos próximos 30 dias, como atividade física e viagens internacionais", detalhou o médico.
Lula passou por um novo procedimento na manhã de quinta-feira (12), uma embolização da artéria meníngea média, para evitar que o hematoma, identificado no início da semana e tratado por cirurgia, se refizesse de forma espontânea. A equipe médica ressaltou que o hematoma foi causado por uma queda sofrida pelo presidente no banheiro do Palácio da Alvorada, em 19 de outubro. O acidente, que resultou em um ferimento na parte de trás da cabeça, levou o presidente a receber cinco pontos de sutura. Após o episódio, diversas viagens internacionais foram canceladas por recomendação médica.
Os médicos destacaram que as funções neurológicas de Lula estão preservadas. A hemorragia intracraniana que ele sofreu é uma condição grave, que ocorre quando há sangramento dentro do cérebro ou entre suas membranas protetoras. Lula foi submetido a uma trepanação para drenagem do hematoma, uma medida necessária para tratar a hemorragia.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/