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Governo Lula troca presidente do conselho da Petrobras e amplia poder do PT na empresa

Por Elias Hacker 04/12/2024 às 20:02:03

Bruno Moretti assume liderança no conselho, e mudanças refletem reconfiguração política
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou mudanças estratégicas na liderança da Petrobras, consolidando maior influência do PT na estatal. Pietro Mendes, até então presidente do Conselho de Administração da companhia, deixará o cargo para assumir uma diretoria na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Sua substituição será feita por Bruno Moretti, atual conselheiro da Petrobras e secretário de Análise Governamental do ministro Rui Costa.

A decisão foi oficializada em uma indicação enviada à Casa Civil, com autorização direta do presidente Lula. Além disso, o advogado Benjamin Alves Rabello será indicado para ocupar a vaga deixada no conselho.

Ajustes no tabuleiro político
A troca no comando do conselho marca um fortalecimento do PT na gestão da Petrobras. Bruno Moretti, ligado ao partido, se junta à CEO Magda Chambriard e a Rafael Dubeux, ambos também próximos ao governo. Apesar disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mantém influência significativa em outras áreas estratégicas, como a ANP e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Na ANP, além de Pietro Mendes, Silveira indicará Arthur Watt, servidor de carreira da agência, para a diretoria-geral. Gentil Nogueira de Sá Junior, atual secretário nacional de Energia Elétrica, é o indicado para uma vaga na Aneel.

Conflitos de interesse e polêmicas
A presidência de Pietro Mendes no conselho da Petrobras foi alvo de críticas devido ao acúmulo de funções como secretário do Ministério de Minas e Energia (MME). Essa sobreposição gerou questionamentos sobre conflitos de interesse, considerando que a Petrobras, apesar de ser controlada pela União, possui acionistas privados cujos interesses nem sempre estão alinhados com os objetivos do governo.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgada em setembro, destacou irregularidades nas nomeações de Mendes e do então secretário-executivo do MME, Efrain Cruz. O relatório apontou que essas escolhas desconsideraram recomendações internas da Petrobras. Mendes chegou a ser afastado por decisão judicial, mas retornou ao cargo poucos dias depois.

Consequências para a Petrobras
As mudanças reforçam a presença do governo federal na estatal, evidenciando a disputa de poder entre interesses políticos e técnicos. Ao mesmo tempo, a gestão Lula busca equilibrar pressões internas e externas, priorizando políticas alinhadas aos objetivos do governo, especialmente no setor de petróleo e gás.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/

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