O 5G standalone, conhecido como "5G puro", está liberado para uso em todo o Brasil, mas apenas 18% dos municípios possuem antenas compatíveis com essa tecnologia, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Das 5.570 cidades brasileiras, apenas 1.022 contam com antenas licenciadas para operar o 5G, embora nem todas estejam necessariamente em funcionamento. Na Paraíba, o sinal se concentra na grande João Pessoa, na região de Campina Grande e em Patos.
A implementação do 5G puro começou em julho de 2022 e tem prazo até o final de 2029 para alcançar todo o território nacional. Atualmente, existem 33.345 estações rádio-base (ERBs) licenciadas, geridas por seis operadoras que venceram o leilão da quinta geração de internet móvel. No entanto, fatores como furtos, vandalismo e falhas técnicas podem impedir o funcionamento contínuo de algumas antenas.
O 5G standalone é a versão mais avançada da tecnologia, com benefícios como menor tempo de resposta entre dispositivos e servidores, ideal para aplicações como jogos online e videochamadas, suporte a um número significativamente maior de dispositivos conectados simultaneamente, tornando a rede mais confiável, além de possibilidade de um aparelho se conectar a múltiplas antenas simultaneamente, aumentando a estabilidade da conexão.
Além de melhorias para o usuário final, a tecnologia é vista como essencial para o avanço em setores como indústria, agricultura, saúde e comércio, oferecendo soluções mais eficientes e conectadas.
Desafios na Implementação
Embora o Brasil esteja apto a receber o 5G puro, a cobertura ainda é limitada. A Anatel afirmou que o licenciamento das antenas pressupõe que elas estão em operação, mas não há garantia de funcionamento contínuo. A Conexis Brasil, entidade que representa as operadoras, destacou que licenciar as antenas antes de ativá-las é uma prática comum, e que interrupções podem ocorrer devido a problemas técnicos ou vandalismo.
A frequência utilizada pelo 5G standalone, de 3,5 GHz, anteriormente era destinada à TV parabólica. Para viabilizar o uso dessa faixa, operadoras como Claro, TIM e Vivo investiram na migração do sinal parabólico para liberar a frequência.
Fonte: Portal T5