O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 6 de dezembro o julgamento do recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que busca afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe. O recurso será julgado pelo plenário da Corte, que avaliará a decisão do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que, em fevereiro deste ano, negou o pedido da defesa de Bolsonaro para que Moraes fosse impedido de atuar no caso.
A defesa de Bolsonaro alega que o ministro Alexandre de Moraes seria uma das vítimas das investigações, o que, segundo eles, contraria as normas do Código de Processo Penal (CPP), que impede que um juiz atue em processos onde ele seja parte ou tenha interesse direto.
Na semana passada, Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe. As investigações apontam que o ex-presidente teria conhecimento de um plano para matar Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O julgamento ocorrerá no plenário virtual do STF, onde os ministros registram seus votos eletronicamente, sem a necessidade de deliberação presencial. A decisão sobre o recurso será tomada com base nos votos inseridos no sistema.
Dada a gravidade do caso e as alegações envolvidas, muitos se perguntam se será possível confiar na imparcialidade e na transparência do processo, considerando as tensões políticas e as acusações em jogo.
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