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Saúde

Paraíba registra 619 novos casos de HIV e 169 de Aids em 2024; maioria na capital

Atualmente, 9.376 pessoas na Paraíba fazem uso da terapia antirretroviral, disponível em 14 serviços de dispensação em todo o estado


Paraíba registra 619 novos casos de HIV e 169 de Aids em 2024; maioria na capital (Foto: MS)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta quinta-feira (28), o novo Boletim Epidemiológico HIV/Aids, com os dados atualizados sobre os casos de HIV e Aids no estado da Paraíba em 2024. De janeiro a novembro deste ano, foram registrados 619 novos casos de HIV e 169 casos de Aids. Esses números destacam a importância de intensificar as campanhas de prevenção e diagnóstico precoce das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), especialmente com a proximidade do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ataca o sistema imunológico, tornando o organismo mais suscetível a infecções oportunistas. Caso não tratado, o HIV pode evoluir para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), condição que reduz a quantidade de células de defesa (CD4) no sangue. O vírus é transmitido por via sexual, sanguínea e vertical (de mãe para filho). O tratamento é feito com terapia antirretroviral (TARV), que melhora a qualidade de vida dos pacientes e reduz a transmissão do HIV.

Entre os municípios paraibanos, João Pessoa segue como a cidade com o maior número de novos casos, com 406 casos de HIV e 98 de Aids registrados em 2024. A seguir, estão Campina Grande com 52 casos de HIV e 17 de Aids, e Bayeux, com 37 casos de HIV e 16 de Aids. A taxa de detecção de HIV na Paraíba também mostrou aumento considerável, passando de 16,5 casos por 100.000 habitantes em 2020 para 21,1 casos por 100.000 habitantes em 2021, com uma desaceleração nos anos seguintes.

A gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, reforçou que a principal via de infecção é a relação sexual sem preservativo. Ela enfatizou a importância da testagem regular para o diagnóstico precoce, recomendando que, a cada seis meses, as pessoas busquem os serviços de saúde para realizar o teste, especialmente após relações desprotegidas. A testagem e o tratamento são gratuitos através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, 9.376 pessoas na Paraíba fazem uso da terapia antirretroviral, disponível em 14 serviços de dispensação em todo o estado, com o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, sendo o principal centro de referência.

A médica infectologista da SES, Júlia Chaves, destacou os benefícios da adesão à terapia, que não só aumenta a expectativa de vida dos pacientes, mas também impede o desenvolvimento de doenças oportunistas e pode tornar o paciente indetectável, reduzindo o risco de transmissão sexual do HIV.

Chaves também abordou as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP), que, quando administradas corretamente, podem prevenir a infecção pelo HIV. "Essas profilaxias, combinadas com o uso de preservativos, são essenciais para prevenir o HIV e outras ISTs", afirmou a médica.

Serviços de Referência para HIV/Aids e outras ISTs na Paraíba:

A SES reforçou que, além da prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são essenciais para o controle da epidemia de HIV e Aids. O órgão continua incentivando a população a buscar os serviços de saúde para garantir uma vida mais saudável e protegida contra essas doenças.

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