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Política

Ibaneis diz que governo federal tem raiva de Brasília


O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se posicionou contra a proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de mudar o cálculo de reajuste anual do Fundo Constitucional (FCDF). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28/11), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ibaneis disse que "eles têm raiva de Brasília", porque é a segunda vez que o governo federal tenta reduzir o crescimento anual do FCDF.

O governador refere-se à tentativa prévia do governo Lula de estabelecer um teto de 2,5% do reajuste anual do Fundo Constitucional, no âmbito do arcabouço fiscal, o que foi barrado no Congresso Nacional no ano passado. À época, o governo local estimava perda de receita de R$ 87,7 bilhões em 10 anos.

"Eles têm raiva de Brasília. Será a segunda tentativa deles nesse governo. Mas o povo de Brasília é forte e a classe política unida. Vamos mostrar o desacerto da medida e trabalhar no convencimento dos congressistas", disse Ibaneis.

Previsto na Constituição Federal, o FCDF é abastecido com recursos da União e paga a segurança e parte da educação e da saúde de Brasília. O Orçamento do DF previsto para 2025 é de R$ 66,6 bilhões, dos quais R$ 25 bilhões são oriundos da União, por meio do Fundo Constitucional.

Mudanças propostas
Atualmente, o FCDF é corrigido todos os anos conforme a variação da receita corrente líquida (RCL) da União. A ideia do governo federal é que o fundo seja reajustado anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"Por fim, a questão específica da emenda constitucional que criou o Fundo de Desenvolvimento da reforma tributária prevê capitalização que chega em 2042 a R$ 60 bilhões. O que estamos prevendo é que o Fundo do Distrito Federal vai ter a mesma cláusula de reajuste do Fundo do Desenvolvimento Regional, qualquer que seja. Hoje é IPCA, mas não pode haver um descasamento de um ente federado e do país inteiro, consagrado na reforma tributária", afirmou Haddad, em coletiva de imprensa nesta quinta.

"Vamos compatibilizar pelo IPCA desse momento o que vai ser acrescido, também no espírito de manter as despesas obrigatórias nos limites do arcabouço fiscal", acrescentou o ministro.

agoranoticiasbrasil.com.br/

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