O ex-presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais nesta terça-feira (26) para atacar Emmanuel Macron, presidente da França, chamando-o de "fraco e submisso" e acusando-o de sabotar o Brasil com "mentiras ambientais". Bolsonaro aproveitou a oportunidade para criticar também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificando-o como aliado de Macron e acusando-o de ser omisso na defesa do agronegócio brasileiro.
"O Brasil é SOBERANO e não deve se curvar a ninguém! No meu governo, respondemos esses ataques à altura", declarou Bolsonaro, em referência a embates anteriores com o governo francês. A declaração ocorre em meio a um contexto de tensão comercial e diplomática entre Brasil e França, especialmente no que diz respeito ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE).
As críticas de Bolsonaro vêm após a decisão do Carrefour, uma das maiores redes varejistas da França, de suspender a compra de carnes do Mercosul. A medida é vista como uma tentativa de agradar agricultores franceses, que se opõem ao acordo entre UE e Mercosul por temores de concorrência desleal e questões ambientais. O ministro francês Emmanuel Macron tem reforçado seu apoio aos produtores locais, intensificando as críticas às práticas ambientais de países sul-americanos, incluindo o Brasil.
O governo Lula se mantém em silêncio e somente aguarda a assinatura do acordo entre Mercosul e UE, previsto para ser formalizado em 6 de dezembro durante a Cúpula do Mercosul. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a qualidade sanitária dos produtos brasileiros e rebateu as críticas francesas. Segundo ele, "o Brasil tem uma das melhores sanidades de produtos alimentícios do mundo".
No entanto, as negociações enfrentam resistência tanto na Europa quanto no Brasil. Enquanto Macron alega proteger a agricultura francesa, Bolsonaro insiste que o discurso ambiental francês é uma desculpa para interesses protecionistas.
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