O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping formalizaram, nesta quarta-feira (20), uma ampla parceria estratégica entre Brasil e China, durante encontro no Palácio da Alvorada. Na ocasião, foram assinados 37 acordos bilaterais abrangendo áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial.
O principal documento firmado foi a criação da "Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável", que define um plano estratégico de cooperação para os próximos 50 anos. Lula ressaltou a importância histórica da relação sino-brasileira: "O que China e Brasil fazem juntos reverbera no mundo."
Xi Jinping destacou a profundidade dos laços entre os dois países: "Fico contente de perceber essa amizade profunda com o Brasil. Tivemos uma reunião cordial e amistosa com o presidente Lula." Os acordos também abrem novas possibilidades de mercado para produtos agrícolas brasileiros, além de fortalecerem a colaboração em tecnologia e intercâmbio educacional.
A China é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, e a visita de Xi reforça os compromissos assumidos em abril de 2023, quando Lula esteve no país asiático. A parceria agora se estenderá a projetos conjuntos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Nova Indústria Brasil (NIB) e iniciativas como o Cinturão e Rota.
Além do foco em questões econômicas, os dois líderes discutiram o papel dos países emergentes na promoção de um desenvolvimento sustentável e inclusivo. "Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética e inteligência artificial", declarou Lula.
O encontro foi marcado por uma recepção com honras militares no Alvorada, que incluiu a execução dos hinos nacionais de ambos os países e a presença de crianças brasileiras e chinesas segurando bandeiras. Este gesto simbólico reforçou o compromisso entre as nações de estreitar laços econômicos e culturais.
Fonte: Hora Brasilia