Nesta semana, o estado de São Paulo registrou a terceira morte suspeita por febre maculosa, chamando atenção para a doença pouco discutida. A verdade é que, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou ao menos 753 mortes pela infecção entre 2012 e 2022, com destaque maior para a região do sudeste, onde São Paulo concentra 62% dos óbitos (467 óbitos).
O que você precisa saber:
- Conforme divulgou o G1, os dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil teve 2.157 casos confirmados ao longo de 10 anos;
- 36% dos casos foram registrados em São Paulo;
- No caso das mortes, o estado de SP é seguido por Minas Gerais (109), Rio de Janeiro (60) e Espírito Santo (37);
- A busca por informações da doença ocorre após três vítimas morreram no mesmo dia, com sintomas que apontam para a infecção — elas estavam no mesmo evento em Campinas (SP), no interior de SP;
Veja abaixo o número de mortes no Brasil em cada ano, segundo relação do Ministério da Saúde:
- 2012: 58
- 2013: 46
- 2014: 74
- 2015: 77
- 2016: 55
- 2017: 68
- 2018: 96
- 2019: 82
- 2020: 54
- 2021: 73
- 2022: 70
Em 2023, o Brasil registrou 49 casos da condição, segundo atualização da pasta efetuada na terça-feira (13). Desse total, seis evoluíram para a morte do paciente.
O que é febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, ela é transmitida pela picada do carrapato. No Brasil, o carrapato-estrela é um dos principais vetores — mas qualquer espécie pode carregar a bactéria.
A doença não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.
Existem dois perfis no Brasil ecoepidemiológicos associados às bactérias e eles se concentram no Sudeste e Sul, por isso os registros e óbitos nessas regiões são maiores.