A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo criou, na segunda-feira (11), uma força-tarefa para apurar o assassinato do empresĂĄrio Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O objetivo, segundo a pasta, é alinhar os pontos da investigação, conduzida pelo Departamento de Homicídios.
"Criamos essa força-tarefa para dar uma resposta o mais rĂĄpido possível. Nosso objetivo é o mesmo. É identificar o mais quem cometeu esse assassinato, qualificar e prender os criminosos", disse o secretĂĄrio da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Policiais da 2ÂȘ Delegacia da Divisão de Homicídios atuam para esclarecer os fatos desde a última sexta-feira (8) – data do crime. Até o momento, foram apreendidos dois fuzis 762 e um fuzil 556, uma pistola 9 milímetros, uma placa automotiva e munições. Uma perícia também foi realizada no carro abandonado pelos criminosos após o crime.
"Material genético foi colhido nesse veículo e o armamento vai passar por perícia também", disse Derrite. "Os criminosos que realizaram o assassinato tomaram uma cautela extrema para cometer essa execução", acrescentou o secretĂĄrio.
Investigações iniciais
As investigações iniciais apontam para uma possível ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o empresĂĄrio. Em dezembro de 2021, Gritzbach ordenou a morte de Anselmo Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", e do motorista Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", em uma emboscada no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.
O crime teria acontecido depois de o traficante do PCC ter entregue R$ 40 milhões ao empresĂĄrio para que fossem investidos em criptomoedas. Após o investimento não dar certo e Anselmo perder o dinheiro, o líder do PCC fez diversas ameaças a Gritzbach. Em resposta, ele teria encomendado a morte do traficante com um pistoleiro.
Cerca de 20 dias depois dos assassinatos, o responsĂĄvel pelas mortes de Cara Preta e Sem Sangue foi executado pelo PCC. A facção deixou um bilhete ao lado do corpo — que foi esquartejado e teve a cabeça jogada no local da morte dos traficantes.
Após o crime, Gritzbach foi preso diversas vezes, até ser solto definitivamente em 7 de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional. Em junho deste ano, o empresĂĄrio fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/