A Polícia Federal (PF) concluiu
as investigações sobre as ameaças e atos de perseguição dirigidos ao ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seus familiares. Raul
Fonseca de Oliveira, fuzileiro naval de 42 anos, e seu irmão, Oliverino de
Oliveira Júnior, foram indiciados pelo crime de abolição do Estado DemocrĂĄtico
de Direito.
Desde maio, os acusados estão
presos sob a acusação de terem enviado 41 e-mails ameaçadores para a esposa do
ministro, começando no dia 25 de abril. Nas mensagens, a dupla chegou a
descrever possíveis ataques violentos, incluindo ameaças de metralhar os filhos
de Moraes e lançar uma granada no carro da família. Segundo a denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR), os textos também incluíam expressões como
"comunismo" e "antipatriotismo" e menções a atos extremos, como a decapitação
de familiares.
A investigação revelou que os
irmãos criaram contas de e-mail falsas para dificultar a identificação dos
remetentes. A PF concluiu que as ações tinham como objetivo intimidar o
ministro, restringindo seu exercício jurisdicional. Raul e Oliverino
responderão pelo crime de abolição do Estado DemocrĂĄtico de Direito, que pode
resultar em penas de quatro a oito anos de prisão. Além disso, eles ainda
enfrentarão acusações por ameaça e perseguição, que seguem em apuração.
Fonte: Hora Brasilia