A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recorreu nesta terça-feira (29) contra a negativa da queixa-crime apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Michelle diz ter sido alvo de calúnia e difamação pela parlamentar, que a acusou de "sumir" com o cachorro de outra família.
O ministro Luiz Fux acompanhou, na última semana, o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela rejeição da queixa-crime ao entender que as falas de Erika estão protegidas pela imunidade parlamentar. Em março deste ano, Michelle recebeu o título de cidadã honorĂĄria de São Paulo. Após a homenagem, Erika publicou nas redes sociais:
– Não dĂĄ nem pra homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela jĂĄ fez – escreveu Hilton.
A deputada fazia referĂȘncia a um episódio de 2020, quando um cachorro foi encontrado nos fundos do PalĂĄcio do Planalto por funcionĂĄrios da PresidĂȘncia, então ocupada por Jair Bolsonaro (PL).
Na época, Michelle manifestou interesse em cuidar do animal e chegou a dar-lhe o nome de Augusto Bolsonaro. A ex-primeira-dama criou até um perfil no Instagram para o pet, mas depois se descobriu que o cachorro se chamava Zeus e tinha dono, a quem ele foi devolvido.
Na ação, a defesa de Michelle afirmou que a situação foi "amplamente esclarecida", com o tutor do animal expressando gratidão pelos cuidados da família Bolsonaro, e acusou a deputada de usar o caso para insinuar mĂĄ-fé.
Fux, no entanto, argumentou que a publicação de Erika Hilton tinha carĂĄter político, alinhado à sua atuação como representante de São Paulo e opositora do prefeito da capital, e que a deputada estava amparada pela imunidade parlamentar.
No pedido, a defesa da ex-primeira-dama pede a reconsideração da decisão do magistrado e que, caso não seja possível, o tema seja levado à Primeira Turma da Corte.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/