O país socialista sofre com uma grave escassez de alimentos
O regime ditatorial de Cuba declarou que a futura distribuição de frango na Província de Santiago de Cuba será restrita. Os habitantes das zonas rurais terão direito somente a 345 gramas por mês, enquanto que os residentes da capital da Província poderão ter acesso a aproximadamente 450 gramas.
A começar na quarta-feira 23, a distribuição ocorrerá no município de Santiago de Cuba, como foi confirmado pelo governo provincial em um programa de televisão.
900 gramas adicionais serão entregues para gestantes, integrando as dietas médicas, ao passo que as dietas especiais para 173 crianças com condições crônicas também estão asseguradas.
A informação aparece em um cenário de desespero crescente dos cidadãos, que têm lidado com filas extensas para adquirir frango nas vias públicas. Na última terça-feira, dia 15, muitos habitantes de Santiago se agruparam em diversas áreas da cidade e esperaram por longos períodos sob o sol para obter sua porção de frango.
Nos últimos anos, a falta de frango, anteriormente um produto de relativa acessibilidade no mercado de Cuba, intensificou-se. Essa situação impactou tanto a cesta básica quanto os mercados que operam com moeda estrangeira.
Informações recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicaram um decréscimo nas importações de frango para Cuba de janeiro a julho de 2024, o que exacerbou ainda mais a crise alimentar no país.
Cuba reduz peso do pão por falta de farinha de trigo
No mês de setembro deste ano, foi divulgado pela ditadura cubana a diminuição do peso do pão que faz parte da cesta básica, ocasionada pela escassez de farinha de trigo no país. Esta ação implica em uma redução de 25% no peso do pão, que passa de 80 gramas para 60 gramas, e o valor diminui para 75 centavos de peso cubano.
Mesmo assim, muitos cubanos, cuja renda média é de 4,5 mil pesos por mês, mal conseguem adquirir os pães mais custosos do mercado. "Temos de aceitar, o que mais podemos fazer?", perguntou uma moradora de Havana à agência de notícias Reuters. "Não há outra opção."
O embargo comercial imposto pelos EUA é ainda atribuído pelo Ministério da Indústria Alimentar (Minal) como a causa da falta de farinha em Cuba, onde o pão é um dos poucos produtos ainda subsidiados, apesar da escassez de insumos e da baixa produção de alimentos.
A ilha está lidando com uma séria falta de alimentos, combustível e medicamentos, uma situação que motivou uma saída sem precedentes de seus habitantes para os Estados Unidos. Para atender à demanda de produção de pão, a ilha precisa de aproximadamente 700 toneladas de farinha diariamente – a grande maioria importada – e cerca de 21 mil toneladas por mês, de acordo com estatísticas oficiais.
Anayra Cabrera Martínez, diretora-geral da Minal, complementou dizendo que esta não é uma alteração permanente, mas sim uma ação implementada para prevenir a paralisação da produção. Segundo os diretores do Minal, é mais vantajoso "garantir que a população possa adquirir a cota diária de pão, mesmo que com um menor peso, do que causar interrupções na produção, como ocorreu há alguns meses". As informações são da Revista Oeste.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/