O deputado federal
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) protocolou, nesta sexta-feira (18), um pedido
de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para prestar
esclarecimentos sobre um controverso episódio ocorrido na Universidade Federal
do Maranhão (UFMA). O parlamentar quer que o ministro explique as
circunstâncias da performance da cantora travesti Tertuliana Lustosa, que gerou
repercussão nas redes sociais após uma apresentação durante o 1º Encontro de
Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e
Política, na quinta-feira (17).
Durante
o evento, Tertuliana Lustosa subiu em uma cadeira, expôs suas partes íntimas e
fez uma performance com falas de cunho sexual explícito, como: "Vou te ensinar
gostoso dando aula na sua pic
" e "Educando com o c
". A apresentação, que
ocorreu diante de alunos presentes na mesa-redonda, foi criticada por
Bilynskyj, que pediu que o ministro da Educação explique como uma situação
dessas foi permitida dentro de uma universidade pública.
O
parlamentar classificou o incidente como um reflexo de uma gestão educacional
que estaria colocando "ideologias" acima da qualidade do ensino. "O desrespeito
do governo Lula com a educação brasileira é cada vez mais evidente", afirmou
Bilynskyj, acrescentando que pretende entender se houve uso de recursos
públicos para financiar o evento.
No
pedido apresentado à Comissão de Educação da Câmara, Bilynskyj destacou que a
performance pode ter violado princípios constitucionais e normativos da
educação, além de desrespeitar valores sociais e familiares protegidos por lei.
"A ausência de regulação e supervisão adequadas sobre os conteúdos exibidos em
eventos organizados por instituições públicas de ensino pode configurar uma
falha de gestão e fiscalização por parte do Ministério da Educação, que tem o
dever de garantir o respeito aos valores constitucionais e aos princípios
educacionais estabelecidos em lei", afirmou o deputado.
O
parlamentar enfatizou que o ministério deve garantir que os eventos acadêmicos
financiados com recursos públicos respeitem os valores sociais e educacionais
consagrados pela Constituição e pelas leis brasileiras.
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