Ibovespa
O Ibovespa reduziu os ganhos na
última hora, enquanto se aproxima do final do pregão. Às 16h23, na
segunda-feira (7), a principal referência da B3 avança 0,16%, aos 131.982,60
pontos, depois de variar entre a máxima de 132.942,56 pontos e a mínima de 131.676,47
pontos. A alta das commodities contribui para o desempenho positivo da Bolsa
brasileira. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta pelo quinto dia
consecutivo nesta segunda-feira, saltando mais de 3% e levando o Brent a
superar a marca de US$ 80 o barril pela primeira vez desde agosto deste ano.
Preocupações com os conflitos geopolíticos no Oriente Médio seguiram no radar
dos investidores.
O Ibovespa, na terça-feira (8),
operou em queda na reta final do pregão, com pressão da Vale (VALE3) e da
Petrobras (PETR3; PETR4). Às 16h32 desta terça-feira (8), a principal
referência da B3 cede 0,50%, aos 131.351,73 pontos, depois de oscilar entre a
máxima de 132.015,80 pontos e a mínima de 130.370,77 pontos.
A Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) do Senado aprovou o atual diretor de Política Monetária do Banco Central
(BC), Gabriel Galípolo, para a presidência da instituição por 26 votos a zero.
Essa é a primeira etapa do processo para chegar à presidência do BC. O
principal fator que derrubou a Bolsa foi a volta dos mercados na China, após o
feriado da Golden Week, em que o mercado ficou fechado por lá praticamente toda
a semana passada.
O Ibovespa operou, na sessão da
quarta-feira (9), em queda de 0,91%, aos 130.313 pontos. No cenário local, o
destaque foi o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já no exterior, a
ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Devemos continuar
com um ciclo de alta terminando o ano em 11,25%. A alta de 0,44% do IPCA em
setembro demonstrou que a meta da inflação para 2024 não será alcançada.
O Ibovespa operou, na sessão de
quinta-feira (10), em alta de 0,23%, aos 130.256 pontos. Na sessão anterior, o
pessimismo tanto em relação à política monetária dos Estados Unidos quanto do
Brasil puxaram a bolsa para baixo em mais de 1%. Na quinta, o mercado operou
sem direção definida em meio a dados divergentes de inflação e emprego nos EUA.
De um lado, temos o índice cheio mantendo a trajetória de queda e se
aproximando da meta de 2%. De outro, a medida de núcleo voltou a acelerar,
ainda que marginalmente.
O Ibovespa abriu em alta nesta
sexta-feira (11), na contramão do movimento do exterior. Investidores digerem
novos dados de inflação nos EUA, o PPI (índice de preços ao produtor). O dado
veio em estabilidade, abaixo da projeção da LSEG de 0,1%. O Ibovespa hoje
operou em baixa, diante da queda dos preços do petróleo e das dúvidas em
relação à política monetária americana, com a possibilidade de um afrouxamento
monetário mais cauteloso que o esperado nos Estados Unidos. Às 13h42 desta
sexta-feira, a principal referência da B3 recuou 0,65%, aos 129.510,24 pontos,
oscilando entre a máxima de 130.353,99 pontos e a mínima de 129.337,68 pontos.
Apesar da variação em 12 meses do índice cheio (+2,4%) ter sido a menor desde
fevereiro de 2021, o núcleo do CPI em 12 meses, ligeiramente acima do esperado,
gerou preocupações no mercado sobre a possível redução do afrouxamento
monetário.
Câmbio
O dólar fechou em alta na
segunda-feira (07), com uma demanda cambial defensiva pela escalada dos
conflitos no Oriente Médio. Nesta segunda, a moeda americana encerrou o pregão
em valorização de 0,56%, cotada a R$ 5,4859, após variar entre a máxima de R$
5,4925 e a mínima de R$ 5,4210. Já o índice DXY, que mede a divisa ante uma
cesta de seis pares fortes, terminou a sessão em baixa de 0,03%, aos 102,491
pontos.
O dólar fechou a terça-feira (08) em
alta no Brasil, novamente acima dos 5,50 reais, acompanhando o avanço da moeda
norte-americana também no exterior em meio às dúvidas sobre os estímulos
econômicos na China, ao acirramento do conflito no Oriente Médio e à
perspectiva de cortes menores de juros nos EUA.
O dólar operou em alta na
quarta-feira (9), com investidores de olho nos novos dados de inflação do
Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dólar fechou em alta de 1%, cotado a R$5,58, na quarta, depois de ter
atingido quase R$5,60 na máxima do dia, por volta das 15h50. A Bolsa brasileira
(B3), por sua vez, registrou queda de 1,18%, aos 129.962 pontos. A ata da
última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que cortou
os juros em 0,50 ponto percentual no país, não animou os agentes econômicos.
O dólar comercial encerrou a sessão
de quinta-feira (10) perto da estabilidade. Sem notícias locais de peso e sem
novos gatilhos vindos da China, o investidor se concentrou nos dados dos
Estados Unidos. Os números apresentados na quinta, no entanto, deram direções
opostas sobre a temperatura da economia americana, com a inflação acima do
esperado, mas com os pedidos de seguro-desemprego elevados. Isso bastou para o
câmbio ter dificuldade de estabelecer uma direção ao longo das negociações.
O dólar recuou frente ao real nas
primeiras negociações desta sexta-feira (11), em linha com as quedas em
mercados emergentes, à medida que investidores continuavam avaliando dados
recentes dos Estados Unidos e aguardavam novos detalhes sobre o pacote de
estímulo da China. Às 9h04, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 5,5670 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,32%,
a R$5,580. Após abrir em queda, o dólar passou a subir forte frente ao real
nesta sexta-feira, na contramão do movimento em demais mercados emergentes, à
medida que a aversão ao risco era acentuada por preocupações com o cenário
fiscal no Brasil, fazendo a cotação da moeda norte-americana ultrapassar R$
5,65 em determinado momento da manhã.
O real ampliava ainda mais as perdas
desta semana ante o dólar, com a falta de apetite por risco no exterior
afetando um cenário doméstico já ruim na visão de investidores, que inclui
desequilíbrio das contas públicas e dados recentes nacionais mostrando
desaceleração ligeira da economia, mas ainda uma atividade superaquecida,
tornando menos palpável qual será o movimento do Copom para a Selic. É um
momento no curto prazo de aversão ao risco no mercado internacional. No Brasil,
isso reflete no preço do dólar.
A tônica do dia tem sido a retomada
da desconfiança do mercado quanto à cena fiscal brasileira. Em declarações
nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a
isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil. As falas de Lula
criaram ruídos entre os investidores, em um momento em que o mercado já se
mostrava sensível ao risco fiscal. Na quarta-feira, as taxas de juros futuros
dispararam por dúvidas em relação à estabilidade das contas públicas. O governo
começou a falar que vai isentar e que vai arrecadar, mas não se sabe como isso
será feito. Em momento algum se fala em contenção de gastos ou controle da
ponta das despesas, então isso cria um ruído sobre o Brasil, que está perdendo
mais uma oportunidade de acompanhar as máximas das Bolsas americanas e o bom
humor global.
*Luiz Felipe Bazzo é CEO do
transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo
também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou
startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder
Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O
executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de
empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em
finanças empresariais pela Universidade Positivo.