Uma modelo brasileira foi encontrada morta em Miami, na Flórida, sudeste
dos Estados Unidos, depois de participar de uma festa em um iate de luxo.
Adriana Vieira, de 31 anos, foi vista pela última vez no dia 21 de setembro,
quando saiu do barco para nadar, mas não retornou.
Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, próximo a uma marina, em Miami
Beach. A polícia norte-americana investiga as circunstâncias da morte. O Ministério
das Relações Exteriores do Brasil informou que acompanha o caso.
Adriana vivia nos Estados Unidos com um filho de 6 anos que está sob os
cuidados da babá brasileira. Em suas redes sociais, a modelo postava vídeos de
seu trabalho como modelo e dançarina. Nas publicações, ela ostentava uma vida
de luxo, em festas, baladas e lojas de grife, além de viagens para locais
glamurosos. Em sua conta no Instagram, Adriana tinha 505 mil seguidores.
A modelo foi casada com o brasileiro Roberto Tesário. O casal se separou
recentemente e ele voltou para o Brasil. O filho ficou com a mãe e aparece em
várias publicações recentes feitas pela modelo em sua rede social.
A mãe de Adriana, Antônia de Lourdes Vieira, que mora no Brasil, pediu
ajuda para trazer o corpo da filha. Ela teme que a brasileira seja enterrada
como indigente. Antônia também quer saber como a filha morreu.
– Eu quero que seja investigada a morte da minha filha e que me ajudem a
trazer o corpo de volta. Não sei quanto tempo tem até ela ser enterrada como
indigente. Eu preciso do corpo da minha filha, que seja investigado, e descubra
o que aconteceu – disse a mãe ao Américas no Ar, telejornal da
Record nos Estados Unidos.
De acordo com o advogado Alair Ferraz, com experiência em casos
envolvendo o traslado de corpos de brasileiros mortos nos Estados Unidos, o
processo não é simples.
– Os procedimentos lá são bem diferentes dos nossos. Costumam demorar
para fazer o velório e os trâmites para trazer o corpo demoram, em média, 60
dias. Se for cremar e trazer as cinzas, pode ser um pouco mais rápido – disse
ao Estadão.
Segundo ele, normalmente o corpo só é liberado após encerrar a
investigação sobre a causa da morte, que também não é rápida.
– A perícia é feita pela polícia do próprio condado (território
administrativo) em que houve a morte e também leva muito tempo – explicou.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) informou que,
por meio do Consulado Geral em Miami, está em contato com as autoridades locais
e com os familiares da modelo, para prestar a assistência consular cabível ao
filho menor e demais familiares. Conforme a pasta, em caso de falecimento de
cidadão brasileiro no exterior, as embaixadas e consulados brasileiros podem
prestar orientações gerais aos familiares e apoiar os contatos com o governo
local.
Ainda segundo o Itamaraty, essas unidades diplomáticas também cuidam da
expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem
os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.
– O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é
decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos – disse, em
nota.
Fonte: *AE