O Ministério Público da Venezuela está tramitando um pedido de
mandado de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei pelo que
considera "roubo" do avião venezuelano-iraniano que ficou retido em Buenos
Aires desde junho de 2022 até fevereiro deste ano, quando foi enviado aos
Estados Unidos.
O
anúncio foi feito nesta quarta-feira (18) pelo procurador-geral venezuelano,
Tarek William Saab.
De
acordo com ele, foram designados "dois promotores especializados no assunto,
que estão realizando os procedimentos relevantes no caso e estão tramitando o
mandado de prisão", que se estende contra a secretária-geral da Presidência da
Argentina e irmã do presidente, Karina Milei, e a ministra da Segurança,
Patricia Bullrich.
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Isso, nas próximas horas, terá suas consequências em um tribunal competente
aqui na Venezuela, com os respectivos mandados de prisão nos respectivos órgãos
competentes, porque não pode ficar impune – disse Saab.
Ele
afirmou que, no caso do avião, que foi "totalmente desmontado" nos Estados
Unidos, os crimes de "roubo agravado, lavagem de dinheiro, privação ilegítima
da liberdade, simulação de um ato punível, interferência ilegal, inutilização
da aeronave e associação criminosa" foram cometidos de acordo com a lei
venezuelana.
Além
disso, Saab informou a nomeação de um "promotor especializado na proteção dos
direitos humanos para realizar as investigações correspondentes" contra Milei e
Bullrich pelos "atos cometidos contra o povo argentino".
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Poderíamos estar diante de graves violações de direitos humanos que poderiam
constituir crimes contra a humanidade – disse.
O
procurador, que chamou Milei de "fascista" e "neonazista", também alegou que na
Argentina está sendo aplicado um "programa premeditado de violência
institucional" contra sua população e que o presidente do país é "o mais feroz
violador dos direitos humanos do continente" e "um perigo brutal para todo o
hemisfério".
Neste
mês, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina pediu ao Tribunal Penal
Internacional (TPI) que solicite ordens de prisão contra o presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, e "outros líderes do regime", devido ao
"agravamento da situação" após as eleições presidenciais realizadas no país em
28 de julho e vencidas pelo mandatário – um resultado considerado fraudulento
pela oposição e alguns países.
Fonte: *EFE