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Anistia pelo 8 de janeiro é arma da Câmara contra o STF

Por Blog do Elias Hacker 10/09/2024 às 08:13:04

Nem impeachment de ministro do Supremo nem leis para alterar decisões tomadas por esse tribunal.

O principal movimento do Legislativo em relação ao JudiciĂĄrio estĂĄ no projeto de lei que visa anistiar os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

Esse projeto conta com apoio político no Congresso e tem chances de ser votado na Câmara nos próximos dias, ao contrĂĄrio do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outras medidas.

A questão é mais abrangente do que simplesmente anistiar aqueles que participaram dos atos violentos na Praça dos TrĂȘs Poderes.

Os atos golpistas, como ficaram conhecidos, foram uma forma de insurreição que foi, em parte, dirigida, financiada, organizada e resultante de um movimento destinado a contestar o resultado de uma eleição democrĂĄtica.

Até o momento, as investigações não concluíram qual foi o papel e o grau de envolvimento direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesses eventos.

Um grande número de participantes foi condenado a penas de até 17 anos de prisão, enquanto os mandantes e dirigentes ainda não enfrentaram condenações.

O processo legal, cujas falhas tĂȘm sido reiteradamente criticadas por vozes que pedem o fim do Supremo, continua em andamento. Contudo, o argumento pela anistia é predominantemente político e não jurídico.

Os autores do projeto de lei argumentam que a anistia circunscrita aos eventos de 8 de janeiro serviria para pacificar.

Muitos no Legislativo desejam explorar o que chamam de clamor popular contra o Supremo, surgido por diversos motivos.

De fato, quer se queira ou não, o STF estĂĄ no centro do turbilhão político. E, com o interminĂĄvel inquérito das fake news e o julgamento dos eventos de 8 de janeiro, o tribunal não sairĂĄ desse turbilhão tão cedo.

A ideia de qualquer tipo de anistia parece improvĂĄvel. Assim, enfrentamos mais um impasse institucional.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/

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