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Caso Padre Zé:

Caso Padre Zé: Ministério Público solicita nova prisão de Egídio de Carvalho

MPPB solicita transferência de Egídio de Carvalho para cumprir prisão preventiva em presídio. Ex-diretor da instituição está em prisão domiciliar desde abril deste ano


Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé (Foto: Reprodução)

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou um novo pedido de prisão contra Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. De acordo com o MPPB, Egídio estaria sendo beneficiado na prisão preventiva domiciliar, ao qual está submetido desde 18 de abril deste ano.

O Ministério Público alega que Egídio está se beneficiando de um imóvel fruto do desvio de dinheiro, do qual é investigado. A acusação afirma que usufruir desse imóvel é infringir uma das medidas cautelares impostas na prisão domiciliar.

Outras medidas cautelares também foram determinadas:

A defesa do ex-diretor da instituição solicitou a prisão preventiva domiciliar alegando problemas de saúde e a necessidade de fazer tratamentos.

Relembre o caso

No dia 18 de setembro de 2023, Padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, denunciou o furto de celulares doados pela Receita Federal, apontando Samuel Rodrigues como suspeito. Após a denúncia, Padre Egídio renunciou a direção do hospital.

A Polícia Civil investigou Samuel, operador de tecnologia da informação, por furto qualificado, resultando em sua prisão e posterior libertação em setembro. No dia 29 de setembro, Samuel prestou novos depoimentos.

A operação "Indignus" foi deflagrada após a descoberta de irregularidades, iniciando com o furto de mais de 100 aparelhos celulares da instituição.

Os celulares, doados pela Receita Federal, seriam vendidos em um bazar solidário para aquisição de uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos.

Em 5 de outubro de 2023, o Gaeco apurou desvios de recursos públicos em instituições vinculadas ao padre, cumprindo 11 mandados judiciais. A investigação revelou que Padre Egídio desviou cerca de R$ 13 milhões em empréstimos, impactando a verba do SUS.

Diante das denúncias, a Arquidiocese da Paraíba afastou o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico, impedindo-o de ministrar missas ou sacramentos.

Após a denúncia anônima apresentada ao Ministério Público, uma força-tarefa foi criada para investigar as irregularidades no hospital. A gestão do Hospital Padre Zé solicitou ao Ministério Público uma ampla auditoria em todas as contas, contratos, convênios e projetos da instituição, após constatar inúmeras dívidas comprometendo sua funcionalidade.

Portal Correio

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