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PF abre fase 29 da Operação Lesa Pátria

Por Blog do Elias Hacker 29/08/2024 às 09:29:04

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 29, mais uma fase da Operação Lesa PĂĄtria. É a 29ÂȘ etapa da investigação, que busca identificar todos os envolvidos nos atos golpistas na Praça dos TrĂȘs Poderes.

Os policiais fazem buscas em 10 endereços em trĂȘs Estados – Santa Catarina, Rio de Janeiro e GoiĂĄs – e no Distrito Federal.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das investigações sobre os protestos do dia 8 de janeiro.

A Operação Lesa PĂĄtria se tornou permanente. Novas fases tĂȘm sido abertas regularmente. As investigações tĂȘm previsão de se estenderem até, pelo menos, janeiro de 2025.

Relembre as principais fases da Operação Lesa PĂĄtria
A primeira fase da Operação Lesa PĂĄtria prendeu cinco suspeitos de participação nos atos golpistas. Entre eles "Ramiro dos Caminhoneiros", Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.

Na segunda etapa da força-tarefa, policiais prenderam, em Uberlândia (MG), o extremista Antônio ClĂĄudio Alves Ferreira, filmado destruindo um relógio histórico no PalĂĄcio do Planalto.

A terceira fase da operação prendeu cinco pessoas, incluindo a idosa Maria de FĂĄtima Mendonça, de 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia "pegar o Xandão". O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas nessa mesma etapa.

A PF abriu a quarta fase ostensiva da investigação e prendeu o empresĂĄrio conhecido como MĂĄrcio Furacão, que se filmou ao participar da invasão ao PalĂĄcio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como "Homem do Tempo", que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF.

A oitava etapa da ofensiva teve o maior número de mandados – ao todo, 32 investigados tiveram prisão decretada. A PF prendeu golpistas como a mulher responsĂĄvel por pichar a estĂĄtua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal com a frase "perdeu, mané" e o homem que teria levado uma bola autografada pelo jogador Neymar da Câmara dos Deputados.

A fase 9 prendeu preventivamente um major da Polícia Militar do Distrito Federal da reserva suspeito de incitar os atos golpistas e de administrar recursos que financiaram ações antidemocrĂĄticas. Claudio Mendes dos Santos teria ensinado tĂĄticas de guerrilha para os bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília.

Nas primeiras fases, o foco da PF era prender extremistas que participaram dos atos golpistas, mas conseguiram fugir antes de serem detidos. Com o avanço da investigação, os policiais federais fecharam o cerco contra financiadores. O deputado estadual de GoiĂĄs Amauri Ribeiro (União) foi alvo de buscas da 15ÂȘ fase. Ele afirmou na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado ter "ajudado a bancar" um acampamento golpista.

A cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também foi alvo da operação, que prendeu quatro oficiais da corporação por suspeita de omissão e conivĂȘncia com os invasores.

A operação ainda chegou ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. As buscas foram motivadas por mensagens trocadas com uma liderança de extrema direita, responsĂĄvel por organizar bloqueios de estradas após as eleições 2022.


Fonte: Estadão conteĂșdo

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