O ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, afirmou que a previsão para que as indicações para o Banco Central
sejam feitas em agosto depende de uma decisão do presidente da República, Luiz
InĂĄcio Lula da Silva. O ministro disse que irĂĄ se reunir com o petista para
saber o resultado da conversa entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), sobre o tema.
As declarações ocorreram no
período da tarde desta quarta-feira (21), após cerimônia de assinatura do Pacto
pela Transformação Ecológica entre os TrĂȘs Poderes do Estado Brasileiro, no
PalĂĄcio do Planalto. Segundo o ministro, Lula ficou de falar com Pacheco sobre
as indicações para o BC.
O encontro entre o Lula e o
senador ocorreu na terça-feira.
– Vou saber do resultado da
conversa – disse Haddad a jornalistas.
Como mostrou o Broadcast
Político, o governo vĂȘ uma brecha para votar os indicados nas próximas semanas,
diante do esforço concentrado de votação que o Congresso deve fazer no início
de setembro, antes das eleições municipais.
O Executivo precisa entregar o
nome do substituto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de dois
diretores, cujos mandatos expiram no fim deste ano. Ao que tudo indica, o
diretor de Política MonetĂĄria do BC, Gabriel Galípolo, deve ser o sucessor de
Campos Neto.
O nome do diretor ainda não estĂĄ
batido por Lula, mas seu favoritismo vem sendo intensificado.
Caso Galípolo seja o indicado
para a presidĂȘncia da instituição, o governo terĂĄ que nomear mais um diretor
para a vaga deixada por ele. As indicações, contudo, não precisam
necessariamente caminhar juntas.
Diante dessa avaliação, o chefe
do Executivo federal pretende definir o novo nome à presidĂȘncia do banco ainda
em agosto, mas quer alinhar com Pacheco para evitar que haja desgaste ao
indicado enquanto aguarda a sabatina.
Em meio a esta procura por uma
janela, fontes da equipe econômica informaram ao Broadcast que ainda não hĂĄ
decisão sobre os novos integrantes do ComitĂȘ de Política MonetĂĄria (Copom) e
que convites sequer foram feitos.
Desoneração
Na declaração desta quarta-feira, Haddad avaliou que, após o acordo firmado na
terça sobre as emendas parlamentares, a votação da desoneração deve avançar.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/