Uma operação da Polícia Federal (PF) resultou na apreensão de R$ 583 mil
em uma aeronave de propriedade do advogado criminalista Fernando Costa Oliveira
Magalhães, nesta sexta-feira (16), no Aeródromo Carlos Drummond de Andrade, em
Belo Horizonte. O advogado, que já defendeu figuras como Adélio Bispo, autor do
atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos, o "Bola", condenado pela morte de Eliza Samudio, negou
qualquer ligação com o montante apreendido.
O dinheiro foi encontrado com dois passageiros que chegaram de São Paulo
em um bimotor EMB-810C, da Embraer. A dupla foi detida para prestar
esclarecimentos, pois não conseguiram comprovar a origem do dinheiro.
Em junho deste ano, Magalhães já havia sido alvo de outra operação da
PF. Naquela ocasião, ele foi investigado por suposta ligação com empresas de
fachada criadas para lavar dinheiro de organizações criminosas, acusação que
ele também negou.
Magalhães, ao ser questionado pela imprensa, afirmou que o dinheiro
apreendido pertencia a um homem transportado pelo piloto e que seria
proveniente da negociação de um imóvel. Ele ainda ressaltou que a aeronave está
regularizada e foi liberada pela PF após a inspeção. Além disso, a operação nos
hangares do aeroporto resultou na notificação de empresas por irregularidades,
como parte das inspeções de rotina realizadas com o apoio da administração do
Aeroporto da Pampulha.
A investigação sobre a origem dos valores apreendidos segue em andamento
pela Polícia Federal.
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