O ditador da Coreia do Norte, Kim
Jong-un, indicou o novo embaixador do país no Brasil e recebeu a concordância
do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com isso, o país comunista mais
fechado do mundo voltará a elevar o nível político de sua representação em
Brasília.
O Ministério das Relações
Exteriores informou, na noite desta quarta-feira (14), que "concedeu agrément
(um aval diplomático) ao senhor Song Se Il como embaixador extraordinário e
plenipotenciário da República Popular Democrática da Coreia no Brasil".
De acordo com dados do Itamaraty,
a Coreia do Norte tem apenas quatro diplomatas no país, atualmente, sendo dois
conselheiros e dois secretários – os últimos chegaram ao Brasil em 2016.
Não havia um embaixador
designado, conforme os registros da pasta.
REGRESSO A PYONGYANG
O embaixador Luís Felipe Silvério Fortuna chefia a missão do Brasil em
Pyongyang, desde 2018. Dois anos depois, porém, ele acabou sendo forçado a se
deslocar para Seul, na Coreia do Sul, após enfrentar dificuldades de voltar à
Coreia do Norte.
O regime impôs uma série de
restrições e cortou rotas aéreas em razão da pandemia da Covid-19.
Fortuna segue como responsável
pela embaixada em solo norte-coreano, embora ainda permaneça instalado em Seul.
Agora, há expectativa de que a
indicação do embaixador de Kim Jong-un possa destravar seu retorno ao país, em
reciprocidade.
O Estadão apurou que, em junho, a
embaixada da Coreia do Norte em Brasília sinalizou ao Itamaraty que o governo
concederia um novo visto diplomático ao embaixador Fortuna, o que permitiria
seu ingresso no país, após quatro anos.
*Com informações da AE