Segundo dados levantados pela
Ticket, o valor da refeição completa cresceu 49% nos últimos cinco anos
enquanto salário mínimo, 41%
O custo de almoçar fora está se tornando cada vez mais oneroso para os
brasileiros. Um estudo conduzido pela Ticket, uma marca da Edenred Brasil de
Benefícios e Engajamento, indica que o custo médio de uma refeição completa
aumentou mais que o salário mínimo nos últimos cinco anos. O valor médio de uma
refeição aumentou 49% desde 2019, enquanto o salário dos brasileiros teve um
aumento de 41% no mesmo intervalo de tempo.
Em 2019, o custo médio de uma
refeição completa contendo "prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho" era
de 34,62 reais, de acordo com a pesquisa. Atualmente, o preço médio dessa mesma
refeição é de 51,61 reais. Enquanto isso, com base em informações do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o salário mínimo que era de 998 reais há
cinco anos, agora é de 1.412 reais.
Para assegurar o almoço de
segunda a sexta, quem não possui o benefício do vale-refeição teria que pagar
1.032,23 reais mensalmente – levando em conta que um mês tem, em média, 22 dias
úteis. "Isso corresponde a 73% do salário mínimo. Se somarmos o preço médio da
cesta básica, que segundo o Dieese é de 709,28 reais, essa conta sobe para 1.741,51
reais, ou seja, 123% do valor do salário", afirma Natália Ghiotto, diretora de
produtos da Ticket.
Na avaliação regional, o Sudeste é a região onde cinco refeições fora de casa por semana têm o maior custo para o trabalhador, representando 77% do salário mínimo, enquanto o Norte e o Centro-Oeste ocupam a posição final, com 64% do valor total do salário. "Esse cenário também reforça a importância do benefício de refeição oferecido pelas empresas como garantia de acesso a uma refeição completa e de qualidade, que é fundamental para a produtividade e o bem-estar das pessoas", diz Ghiotto. "O preço da alimentação fora de casa não acompanha o salário, evidenciando o esforço que os trabalhadores precisam fazer para garantir as refeições nos dias trabalhados", afirma.
Fonte: As informações são da Veja.