A Polícia Federal (PF) espera que o processo de retirada dos
corpos das 62 vítimas do local da queda do avião da Voepass ocorra até o fim
deste sábado (10), segundo Carlos Palhares, que lidera a Ãrea de Perícias
Externas do Instituto Nacional de Criminalística da PF. As vítimas do desastre
que aconteceu na tarde desta sexta-feira (9), em Vinhedo (SP), estão sendo
levadas para o IML Central de São Paulo.
De acordo com o superintendente da PF em São Paulo, Rodrigo
Sanfurgo, os policiais estão coletando objetos pessoais e documentos que podem
ser essenciais para a identificação das vítimas. A posição de cada um na
aeronave também será analisada pelos peritos.
– O trabalho segue incansavelmente, a Polícia Federal está com
efetivo muito grande aqui no local, justamente para que a gente consiga
terminar o mais rápido possível – disse Sanfurgo.
– Bens, objetos pessoais, posição na aeronave, todos os fatores
estão sendo analisados de forma minuciosa e cuidadosa para possibilitar a
identificação.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, corpos e ferragens se
fundiram.
– Realmente, fundiu-se [corpos e ferragens] o que é muito comum
em acidentes de trânsito, quando o corpo da vítima fica [preso] às ferragens do
veículo", explicou A tenente do Corpo de Bombeiros, Olivia Perrone.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), esse é o acidente
com o maior número de vítimas mortas desde a queda da aeronave da TAM, em São
Paulo, em 17 de junho de 2007, que matou 199 pessoas.
O avião da Voepass fazia o trajeto entre Cascavel (PR) e o
Aeroporto de Guarulhos. O ATR 75-200 caiu em um condomínio no bairro Capela, em
Vinhedo. Especialistas acreditam que a queda tenha sido motivada por
adversidades climáticas e uma formação de gelo que prejudicou a sustentação da
aeronave.
*AE