?"Vou pegar o conjunto de joias, conjunto que é meu. Vou leiloar essas joias e vou doar para a Santa Casa de Juiz de Fora", afirmou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). A fala do político aconteceu na tarde deste sĂĄbado (10/8), durante evento realizado em Recife (PE).
Embora não tenha especificado no discurso sobre quais objetos valiosos estava se referindo, o ex-chefe do Executivo local é investigado pela Polícia Federal (PF) em processo que apura se houve tentativa de entrada ilegal no Brasil de joias doadas pela ArĂĄbia Saudita e supostas tentativas fraudulentas de reavĂȘ-las.
Na última quarta-feira (7/8), o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou o presidente Lula para ficar com o relógio Piaget, avaliado em R$ 80 mil, incorporado ao seu acervo pessoal em 2005. O relator do caso foi o ministro Antonio Anastasia, que apresentou parecer pela rejeição de um pedido de investigação feito pelo deputado federal Sanderson (PL/RS).
O relógio foi dado pelo então presidente da França, Jacques Chirac, quando Lula exercia seu primeiro governo, durante Ano do Brasil na França. O objeto não foi registrado na relação de presentes entregue ao TCU em 2016, quando foi estabelecida a norma em vigor que define quais presentes vão para o acervo da União e quais ficam com o chefe do Executivo.
O estojo de joias – com anel, colar, relógio e brincos de diamante, oriundos da ArĂĄbia Saudita – estava retido na Receita Federal, em São Paulo, e foi entregue à PF, em 5 de abril.
"A regra é a incorporação ao acervo público da União, dos presentes recebidos pelos chefes de Estado brasileiro, em razão da natureza pública do cargo que ocupa, visando, com isso, evitar a destinação de bens de alto valor ao acervo privado do presidente da República. [Â ]", apontou a Polícia Federal.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/