O Carter Center, uma das
organizações convidadas para observar as eleições da Venezuela, confirmou nesta
quinta-feira (8) que o candidato da oposição, Edmundo González, venceu o
pleito.
O comunicado foi emitido depois
que os observadores do centro de estudo norte-americano já haviam deixado o
país. Segundo a organização, fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter,
González recebeu mais de 60% dos votos.
Na contagem do Conselho Nacional
Eleitoral, Maduro aparece 52,21% dos votos, ante 44,2% de Edmundo González. A
oposição contesta os números e alega fraude na apuração, afirmando ter provas
da vitória de González no pleito.
A apuração também é questionada
por governos internacionais, incluindo Panamá, Estados Unidos, Reino Unido,
Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru e Colômbia, além da União Europeia.
Todos pedem a divulgação das atas – boletins das urnas –, responsáveis pela
veracidade da contagem de votos. O mesmo foi solicitado pelo Brasil.
O Conselho Nacional Eleitoral
(CNE) da Venezuela, contudo, segue sem publicar os resultados detalhados e
afirma que o atraso se deve a um suposto "ataque hacker". Informação negada
pelo Carter Center, que afirma não haver qualquer evidência de que o sistema
tenha sido invadido.
Senadores aprovam convite para
que Mauro Vieira preste informações sobre eleição na Venezuela
A tensão em torno do resultado da
eleição continua. Hoje, o presidente do Panamá anunciou que vai convocar uma
cúpula de líderes latino-americanos para discutir a crise venezuelana.
Segundo José Raúl Mulino, sete
chefes de estado da região já confirmaram presença no encontro, programado para
a semana que vem na República Dominicana.
O Panamá, assim como Peru e
Argentina, foi um dos países que tiveram representantes diplomáticos expulsos
após contestarem o resultado divulgado pelo CNE.
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