O governo Lula se negou a informar dados contidos nas cadernetas de
vacinação contra a dengue e a Covid-19 da primeira-dama Janja. O argumento
utilizado é que ela não "ocupa cargo público", logo, seus dados são de foro
pessoal.
O requerimento pelas informações foi feito pela revista Oeste, que
embasou o pedido compreendendo que Janja tem uma sala no Palácio do Planalto,
participa de reuniões com ministros de Estado, cuidou da agenda do presidente
quando ele adoeceu, exerce poder de veto em áreas como Economia, Defesa e
Publicidade, além de participar de viagens oficiais, como na Olimpíada em
Paris, onde a primeira-dama foi representando o Brasil como chefe de Estado.
No início deste ano, o Planalto colocou sob sigilo de 100 anos a agenda
de Janja, embora Lula tenha prometido na campanha de 2022 que, diferentemente
do então presidente Jair Bolsonaro (PL), ele não imporia sigilo.
O veículo também argumentou com o governo que a primeira-dama cumpre
compromissos financiados com recursos do contribuinte, utilizando em sua equipe
de apoio servidores públicos e comissionados, pagos com recursos oriundos do
recolhimento de impostos.
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