Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o
procurador-Geral da República, Paulo Gonet, recomendou novamente, nesta semana,
a soltura de Filipe Martins, assessor internacional durante o governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele está preso acusado de envolvimento com
os atentados de 8 de janeiro.
No documento, enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Gonet
afirma que a defesa de Martins apresentou provas de que ele não deixou o Brasil
em 30 de dezembro de 2022 para ir aos Estados Unidos com Bolsonaro. A Polícia
Federal apontou essa evidência para indicar a ligação dele com a tentativa de
golpe de Estado.
"Razoável
segurança"
De acordo com a PGR, a operadora Tim forneceu dados que apontam com segurança
que Martins estava no Brasil. Os dados entre 30 de dezembro de 2022 e 9 de
janeiro de 2023, anotou Gonet, "parecem indicar, com razoável segurança, a
permanência do investigado no território nacional nesse período".
A PGR afirma ainda que, "esclarecida a questão, persistem os termos da
manifestação já apresentada pela Procuradoria-Geral da República nas fls.
1.988/ 1.990". A defesa do ex-assessor ressaltou que o acusado não deixou o
Brasil e que dados fornecidos por uma empresa aérea confirmam que o cliente não
viajou.
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