Nesta quarta-feira (31), o ex-deputado federal José Dirceu, de 78 anos,
foi internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. De acordo com a unidade
de saúde, há suspeita de que o ex-ministro esteja com insuficiência coronária.
O quadro se caracteriza pela dificuldade de o sangue passar pelas
artérias que irrigam o coração. Para avaliar a situação, Dirceu passará por um
cateterismo nesta quinta (1º).
Dirceu procurou o hospital após sofrer um pico de pressão. Ele está sob
cuidados do médicos Roberto Kalil Filho e sua equipe.
O ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, condenado por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no
âmbito da Operação Lava Jato, disse que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro,
saiu "vitorioso" nas eleições que ocorreram no último domingo (28). A
declaração do petista foi publicada em seu perfil no Instagram.
O político afirmou que o sistema de votação da Venezuela é "seguro" e
"inviolável", e estabeleceu relação de equivalência entre as denúncias de
fraude feitas pela oposição a Maduro com as suspeitas de irregularidades nas
eleições, relatadas pelos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump,
nos Estados Unidos, após consolidação de suas respectivas derrotas.
O ex-ministro de Lula atribuiu a segurança do processo eleitoral
venezuelano ao voto impresso, além da presença de fiscais do Conselho Nacional
Eleitoral (CNE), que são comandados pelo autocrata.
Para o petista, a oposição ao regime de Maduro possui setores golpistas
a fim de atender aos interesses norte-americanos.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
O presidente Nicolás Maduro foi proclamado o vitorioso nas eleições
venezuelanas e cumprirá seu novo mandato.
O discurso de desconfiança foi imediato, mas já vimos esse filme antes.
Somos experientes em relação à alegação de fraude eleitoral perante a derrota.
Com Jair Bolsonaro foi assim, e antes dele Aécio Neves. Em comum a ideia de
colocar o órgão eleitoral em suspeição e a própria urna eletrônica. Até Donald
Trump apelou para a fraude.
É preciso lembrar que, na Venezuela, o voto é impresso e depositado numa
urna. Logo o sistema é seguro e inviolável. Há fiscais em todas as sessões e no
órgão eleitoral nacional – o CNE – a oposição tem 3 membros.
Não podemos fazer como setores da mídia brasileira, que parte do princípio
de que Maduro não pode vencer, e se venceu é porque houve fraude.
Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição,
muito menos às manifestações violentas.
É importante destacar ainda que na oposição há setores golpistas
articulados a interesses norte-americanos, que apoiaram as sanções e o
sequestro das reservas da Venezuela, isto é, violaram a soberania do país e da
lei internacional.
Em 2013, Henrique Capriles perdeu a eleição e creditou a derrota à
fraude. Mas nunca apresentou provas.
Não dá para apontar fraude sem provar e sem a conferência das atas.
Eis por que se posicionaram corretamente México, Colômbia e Brasil, a
despeito de toda a gritaria da oposição venezuelana e do entusiasmo da mídia
brasileira com a tese da fraude.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/