O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado em
Teerã, capital do Irã, na madrugada desta quarta-feira (31). A informação foi
confirmada pela Guarda Revolucionária iraniana e pelo próprio grupo palestino,
que culpou Israel. Segundo eles, o líder extremista foi morto "em
um ataque aéreo sionista em sua residência".
Haniyeh foi visto publicamente pela última vez na terça-feira (30),
durante a posse do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, ele se
encontrou com o novo chefe de Estado – eleito depois da morte de Ebrahim Raisi
em um acidente de helicóptero –, bem como com o líder supremo do Irã, aiatolá
Ali Khamenei.
Apesar de o Hamas culpar Israel pela morte de Haniyeh, o país não se
manifestou oficialmente sobre o caso. Em 2023, no entanto, as autoridades
haviam prometido "destruir" lideranças do grupo palestino em resposta ao ataque
no festival Universo Paralello, onde 1,2 mil pessoas foram mortas e 250 foram
levadas como reféns.
"Chega de acordos imaginários de rendição. A mão de ferro que os
atingirá, é a que trará paz e um pouco de conforto e fortalecerá a nossa
capacidade de viver em paz com aqueles que desejam a paz. A morte de Haniyeh
torna o mundo um pouco melhor", escreveu o ministro do Patrimônio de Israel,
Amichay Eliyahu, nas redes sociais.
Em comunicado, a Guarda Revolucionária iraniana informou que já está
"investigando a causa e as dimensões do incidente" que levaram ao assassinato
de Haniyeh e que irá divulgar uma conclusão nas próximas horas. Eles informaram
que um guarda-costas que estava com o líder extremista também foi morto no
ataque.
Ismail Haniyeh estava à frente do Hamas desde 2017. Quando chegou ao
poder, ele era visto como um moderado da ala política, aberto ao diálogo com
Israel. Apesar de ser líder do grupo palestino, que está predominante na Faixa
de Gaza, Haniyeh vivia em Doha, no Catar, de onde comandava e acompanhava as
atividades dos integrantes.
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