Nesta segunda-feira (29), o apresentador Marcos Mion se manifestou em
defesa dos atletas brasileiros que estão disputando as Olimpíadas de Paris. Ele
criticou a falta de apoio do governo ao esporte, expondo ainda a realidade
enfrentada pelos esportistas.
– Tá me partindo o coração ver os nossos atletas olímpicos pedindo
desculpas por terem ganhado medalha, por terem perdido, queridos atletas,
parem, por favor, cabeça erguida, vocês só merecem aplausos, vocês só merecem
reconhecimento, se alguém tem que pedir desculpas é o nosso governo, que não
construiu um histórico, não construiu uma tradição de investimento no esporte,
não vocês.
Mion citou, por exemplo, a média salarial de um atleta no Brasil, que
chega a ser menos de dois salários mínimos.
– A média de salário de um atleta no Brasil em 2024 é de R$ 2 mil por
mês, no site salario.com. Mesmo assim, a gente vê em todas as Olimpíadas nossos
atletas disputando e ganhando medalhas. Isso, pra mim, é surreal, mostra o
tamanho do coração do povo brasileiro. Mostra que a gente tem muita garra.
O apresentador destacou a história de Isaquias Queiroz, que conquistou
uma medalha olímpica em canoagem, e a ascensão de Raíssa Leal no skate feminino
como exemplos do potencial brasileiro. Ainda no vídeo, o apresentador citou o
Clube Pinheiros em São Paulo, onde muitos atletas olímpicos são formados,
graças ao investimento contínuo do clube.
Para o comunicador, oferecer infraestrutura adequada e suporte
financeiro para o desenvolvimento dos atletas é muito importante para a valorização
desses esportistas que representam o país.
Em outro momento Mion cita o baixo desempenho do time de futebol, frente
ao brilhante trabalho dos atletas do basquete que, mesmo sem patrocinadores,
estão se destacando.
– Numa época onde a seleção de futebol não se classifica e o basquete
com investimento hiper apertado do governo, camisa lisa de patrocínio, vivendo
uma realidade triste, a ponto do presidente da CBB colocar grana pessoal dele
para ajudar, não é o caso de repensar? Entender que com essa globalização do
esporte, talvez não sejamos mais o país do futebol absoluto, mas sim o país do
skate, do judô, do basquete, da canoagem, da ginástica, esgrima, vôlei, tênis.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/