O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
disse nesta terça-feira ser favorĂĄvel à Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que aumenta a influĂȘncia do governo federal na segurança pública. Mas, pontuou,
os governadores querem participar do debate e a proposta deve "preservar a
autonomia dos entes federados".
Segundo o dirigente, seus pares ainda não conhecem o texto, de autoria
do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e por isso o ministro foi
convidado para participar da próxima reunião do Consórcio de Integração Sul e
Sudeste (Cosud), que ocorrerĂĄ de 8 a 10 de agosto no Espírito Santo.
– É fundamental que a gente conheça o texto – disse Tarcísio durante
entrega das obras de canalização e construção de um piscinão do Córrego
Antonico, na Zona Sul da cidade.
E continuou.
– A gente tem que entender os contornos dessa PEC, as questões de
competĂȘncia, e de que maneira os Estados podem contribuir sem, obviamente,
perder autonomia – afirmou.
FavorĂĄvel ao debate do tema, Tarcísio afirmou.
– Toda iniciativa que tenha como objetivo combater o crime,
principalmente a escalada do crime organizado, ela é bem-vinda, vai contar com
o nosso apoio – apontou.
A proposta dĂĄ à União a competĂȘncia de coordenar o Sistema Único de
Segurança Pública (Susp). Na prĂĄtica, o governo federal passa a ter a
prerrogativa de estabelecer diretrizes de uma política nacional de segurança
única a ser seguida por todos os Estados – hoje com relativa autonomia aos
governadores.
Ainda na ĂĄrea da Segurança Pública, Tarcísio afirmou que o Executivo
estadual segue treinando os efetivos da capital e do interior, em busca de uma
abordagem mais humana e profissional.
– Existe uma preocupação muito grande nossa em uniformizar a abordagem,
em treinar regras de engajamento, de conduta, para que a gente tenha a melhor
abordagem possível, mais humanizada, respeitando a questão dos direitos
humanos, e que a gente tenha uma polícia mais profissional – disse.
Sobre o uso de força das polícias, Tarcísio disse não ser "nunca" o
objetivo do grupo tirar uma vida.
– A polícia não estĂĄ lĂĄ para usar violĂȘncia em excesso – afirmou.
Segundo ele, as forças de segurança devem responder proporcionalmente às
violĂȘncias que sofrerem.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/