No último domingo, 28 de julho, dezenas de venezuelanos se reuniram em Miami para protestar contra a impossibilidade de votar nas eleições presidenciais do seu país. Desde que o regime de Nicolás Maduro rompeu relações diplomáticas com Washington em 2019, os representantes diplomáticos da Venezuela foram afastados dos Estados Unidos.
Os manifestantes se encontraram no bairro de Brickell, em frente ao edifício onde antes funcionava o consulado venezuelano, agora transformado em um banco. O cenário foi preenchido com cartazes, gritos de protesto e um sentimento de frustração e indignação.
A principal crítica dos manifestantes é contra as rigorosas regras impostas pelo governo de Nicolás Maduro, que dificultam enormemente o registro para votar para milhões de venezuelanos residentes no exterior. Essas ações são vistas como uma tentativa de manipulação eleitoral em larga escala.
Atualmente, estima-se que cerca de 25% dos eleitores venezuelanos estejam morando fora do país. São entre 3,5 milhões e 5,5 milhões de eleitores que, em sua maioria, deixaram a Venezuela para escapar da opressão e da miséria causadas pela revolução bolivariana.
Das milhões de pessoas aptas a votar, apenas 69 mil conseguiram se registrar para participar das eleições. Esse cenário se deve em grande parte às barreiras burocráticas e à falta de representações diplomáticas acessíveis. Para muitos, é quase impossível completar o processo de registro, o que efetivamente lhes nega o direito ao voto.
A inscrição de Edmundo González Urrutia como candidato da principal força de oposição traz uma nova esperança. Apoiado por María Corina Machado, seu objetivo é desmantelar o regime chavista, que se mantém no poder sob a liderança de Nicolás Maduro.
Maduro teme particularmente uma alta taxa de participação eleitoral. Um alto comparecimento nas urnas entre os 21,5 milhões de eleitores venezuelanos faria com que qualquer tentativa de manipulação ficasse mais evidente
Fonte: terrabrasilnoticias.com