O uniforme oficial da delegação brasileira na Olimpíada de Paris 2024
deu o que falar desde o seu lançamento. As críticas sobre as roupas que serão
usadas na abertura do evento esportivo giraram em torno dos modelos ao
acabamento das peças, que não agradaram à maioria.
Nesta quarta-feira, 24, dois dias antes da abertura dos Jogos, o Comitê
Olímpico do Brasil (COB) rebateu as críticas e devolveu com um comentário um
tanto inusitado, após os principais dirigentes da entidade reclamarem de como
muitas pessoas estão tratando o tema na mídia.
"Não é a Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos. Então nosso foco
está nisso. A gente sempre tem comentários excelentes, basta ver os vídeos dos
próprios atletas nas redes sociais", declarou o presidente do COB, Paulo
Wanderley.
Já o diretor de marketing da entidade, Gustavo Herbetta, ponderou que a
opinião não é unânime. Ele observou que o debate é subjetivo, pois envolve
pessoas que aprovaram, e outras que não gostaram.
"A gente, obviamente, participou de todo o processo de escolha desse
uniforme, a gente aprovou com muito orgulho. Se precisasse, a gente aprovaria
esse uniforme de novo", garantiu ele.
Herbetta explicou que o uniforme tem elementos de brasilidade, foi feito
por bordadeiras do Nordeste — o que ele considera um patrimônio nacional —, e
que as peças valorizam o semi-árido nordestino.
"Esse uniforme traz sustentabilidade no material, e elementos da moda
parisiense, que algumas pessoas gostam mais, e outras pessoas gostam menos. Eu
me recordo que quando a gente lançou o uniforme foi um sucesso absoluto,
principalmente nas redes sociais", defendeu.
Paulo Wanderley insistiu na subjetividade dos elementos que compõem as
peças de delegação.
"O que que é arte? Arte é aquilo que você considera arte. E beleza está
nos olhos de quem vê. Pronto, é isso. Essa é a mensagem que eu tenho a dar. E
realmente estou muito satisfeito com o uniforme", disparou ele, para encerrar o
assunto.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/