Após uma decisão da Justiça em ação movida pela deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) contra o influenciador digital Felipe Neto, ambos utilizaram a rede social X para comentar o caso e criticar um ao outro nesta segunda-feira (22).
Zanatta questionou legalmente uma publicação feita pelo influenciador que citava ela não ter utilizado a habitual tiara de flores no Parlamento Europeu. À época, Neto ironizou a escolha da deputada indicando a relação do acessório ao nazismo.
– A tiara na cabeça é tida por muita gente como um símbolo de apologia ao nazismo. Essa moça usa quase o tempo inteiro, mas garante que não é essa a sua motivação. Porém, olha que curioso, ela tirou quando foi no parlamento europeu – escreveu Neto no X no dia 13 de junho deste ano.
A Justiça de Santa Catarina negou a solicitação da parlamentar, que pedia que a publicação fosse retirada. Em comemoração, Neto escreveu também no X que "bolsonaristas não cansam de perder". O influenciador alegou que não chamou a deputada de nazista, mas "levantou questionamento".
– É necessĂĄrio entender a diferença entre ataque de ódio e crítica protegida pela liberdade de expressão. Na minha crítica, em momento algum chamo a deputada de nazista, apenas levanto questionamentos e digo o que as pessoas costumam interpretar, levantando a dúvida: "por que ela tirou a tiara quando foi falar no parlamento europeu?". Tivesse a deputada lido a publicação com inteligĂȘncia, veria que eu deixo claro que ela nega ter o nazismo como motivação para a tiara. Mas pedir pra bolsonarista ler alguma coisa com inteligĂȘncia é uma tarefa difícil, de fato – disse o influenciador.
Em reposta, a parlamentar alegou que Felipe Neto "fala de bolsonaristas para ganhar ibope" e criticou o visão do que é liberdade de expressão segundo a concepção do influenciador.
– Esse rapaz parece se sentir no direito de incitar ódio, colocando em risco famílias e reputações. Para ele e sua turma, liberdade de expressão significa fazer graves acusações disfarçadas de críticas. Mas, quando são criticados, correm para alegar que é discurso de ódio contra eles e até pedem censura das redes – pontuou.
*AE