Nesta sexta-feira (19), o ex-presidente e candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele prometeu que, como próximo presidente, fará uma "negociação" entre Ucrânia e Rússia para o fim da guerra.
Em sua conta na rede social Truth, Trump descreveu o telefonema como "muito bom". O republicano garantiu que Zelensky o parabenizou por sua recente nomeação como candidato, que condenou a tentativa de assassinato que ele sofreu em um comício no último sábado (13) e que destacou o "espírito de união" dos americanos.
– Agradeço ao presidente Zelensky por ter se comunicado [comigo] porque eu, como próximo presidente dos Estados Unidos, trarei paz ao mundo e acabarei com a guerra que custou tantas vidas e devastou inúmeras famílias inocentes – declarou Trump.
A guerra foi iniciada quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
– Os dois lados poderão se unir e negociar um acordo que acabe com a violência e abra um caminho para a prosperidade – prometeu.
Essa foi a primeira conversa entre os dois líderes políticos desde que Trump deixou a Casa Branca em 2021 e também o primeiro contato depois que o ex-presidente aceitou sua indicação como candidato presidencial na Convenção Nacional Republicana na quinta-feira.
Zelensky, por sua vez, disse em sua conta na rede social X que, no telefonema com Trump, observou o apoio "vital" de ambos os partidos e de ambas as câmaras do Congresso dos Estados Unidos. Ele expressou seu apreço pela ajuda do país em melhorar suas capacidades de "resistir ao terrorismo russo".
– Concordamos com o presidente Trump em discutir em uma reunião pessoal quais passos podem levar a uma paz justa e verdadeiramente duradoura – acrescentou o presidente ucraniano.
A oposição de Trump à ajuda militar à Ucrânia levantou questões sobre o apoio dos EUA a Kiev, caso o ex-presidente vença as eleições.
Em seu discurso na Convenção Nacional Republicana, Trump prometeu acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como com a que ocorre entre Israel e Hamas, e enfatizou que "nenhuma das duas teria acontecido" se ele fosse presidente.
Em entrevista à BBC, na última quinta-feira (18), Zelensky comentou que lidar com um governo Trump seria "um trabalho árduo".
Fonte: *EFE