A taxa de alfabetização da população quilombola de 15 anos ou mais de idade foi de 73,13% no ano de 2022, na Paraíba. O número corresponde a 9.120 pessoas quilombolas desse grupo etĂĄrio. Contudo, o índice foi o terceiro menor registrado no Brasil, acima apenas de Alagoas (70,2%) e Piauí (71,3%), além de ser inferior às médias brasileira (81%) e nordestina (78,4%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) em publicação Censo DemogrĂĄfico 2022 – Quilombolas: alfabetização e características dos domicílios, segundo recortes territoriais específicos.
Conforme a pesquisa, a taxa de alfabetização dos quilombolas no território paraibano ficou em 10,9%, abaixo da taxa estadual para esse grupo de idade, que foi de 84%. A diferença é inferior a constatada na média nacional (12%), porém superior à observada na média regional (7,4%). Também foi a 5ÂȘ diferença mais expressiva do país, menor apenas que as vistas em Pernambuco (12,5%), CearĂĄ (12,3%), Alagoas (12,1%) e Piauí (11,5%).
JĂĄ a taxa de analfabetismo da população quilombola paraibana foi de 26,9%, superior ao percentual estadual (16%) e o terceiro maior índice do país para esse grupo populacional específico, sendo menor apenas que as taxas registradas em Alagoas (29,8%) e no Piauí (28,8%), ficando acima das médias brasileira (19%) e nordestina (21,6%).
Considerando a existĂȘncia de 12.471 pessoas quilombolas com 15 anos ou mais de idade residentes na Paraíba, a taxa de analfabetismo paraibana corresponde a 3.351 pessoas quilombolas em 2022. Desse total de pessoas, 1.846 (55,1%) eram do sexo masculino e 1.505 (44,9%) do sexo feminino.
Ainda de acordo com a pesquisa, a taxa de alfabetização dos quilombolas é inversamente proporcional à idade, sendo mais alta entre os mais jovens, os quais tĂȘm tido mais acesso à educação do que tiveram os mais idosos.
Em 2022, a taxa de alfabetização entre as pessoas quilombolas do Estado com idade acima de 65 anos era de 32,2%, menos do que a metade da taxa estadual (73,1%), o que corresponde a um total de apenas 449 pessoas. Para os grupos etĂĄrios mais jovens, as taxas eram maiores: de 47,3% entre aqueles que tinham entre 55 e 64 anos; de 60,6%, para o grupo de 45 a 54 anos; de 77,3%, para a faixa de 35 a 44 anos; de 91,4%, para os que tinham entre 25 e 34 anos; de 94,9%, para a população de 20 a 24 anos; e de 96% para os jovens de 15 a 19 anos.
O Censo 2022 também apontou que, na Paraíba, ao contrĂĄrio dos cenĂĄrios brasileiro e nordestino, as taxas de alfabetização são mais elevadas entre as pessoas quilombolas que residem dentro de territórios quilombolas oficialmente delimitados (74,5%), do que entre aquelas cujos domicílios estão localizados fora desses territórios (72,9%). Em 2022, as taxas era, respectivamente, de 80,3% e 81,1%, na média nacional; e de 75,7% e 78,7%, na média regional.
Fonte: Portal T5