A Justiça Federal dos Estados Unidos encerrou o processo criminal no qual o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, era acusado de reter documentos sigilosos e sensíveis à segurança nacional do país em sua mansão Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida.
A juíza Aillen Cannon, apoiou a alegação dos advogados de defesa do
republicano, que alegaram que o promotor do caso, Jack Smith, não possuía autoridade para levar o caso à Justiça, por ter sido nomeado pelo procurador-geral Merrick Garland, em vez de ser confirmado pelo Congresso, e que seu escritório foi financiado inadequadamente pelo Departamento de Justiça. A promotoria ainda pode recorrer.
"Se os ramos políticos desejarem conceder ao Procurador-Geral o poder de nomear o Procurador Especial Smith para investigar e processar esta ação com todos os poderes de um Procurador dos Estados Unidos, há um meio válido para fazê-lo", escreveu Cannon em uma ordem de 93 páginas que concede o pedido da defesa para rejeitar o caso. Esse mecanismo é através da aprovação do Congresso, concluiu.
Aillen Cannon foi nomeada por Trump para o cargo. Ela foi alvo de críticas durante a investigação do FBI quando nomeou um árbitro independente para inspecionar os documentos confidenciais recuperados durante a busca de agosto de 2022 em Mar-a-Lago, uma decisão que foi anulada meses depois por um painel federal de apelações unânime.
Desde então, ela tem demorado a emitir decisões — favorecendo a estratégia de Trump de garantir atrasos — e tem acolhido argumentos da defesa que especialistas disseram que outros juízes teriam rejeitado sem audiências. Em maio, ela cancelou indefinidamente a data do julgamento em meio a uma série de questões legais não resolvidas.
Em uma postagem na sua rede social "Truth Social", Trump afirmou que o atentado que sofreu no último sábado (13) não adiaria sua viagem para a convenção republicana, que começa na próxima segunda-feira (15).
"Com base nos terríveis eventos de ontem, eu ia adiar minha viagem para Wisconsin e a Convenção Nacional Republicana por dois dias, mas acabei de decidir que não posso permitir que um "atirador" ou potencial assassino force mudanças no cronograma, ou em qualquer outra coisa. Portanto, partirei para Milwaukee, como planejado, às 15h30 [16h30 no horário de Brasília] HOJE. Obrigado!", escreveu Trump.
Mais cedo, em outra postagem, ele também pediu união e disse que está ansioso para falar ao público em Wisconsin nesta semana.
Trump também agradece as orações e mandou um recado aos seus apoiadores. "Nós não temeremos, e em vez disso permaneceremos resilientes em nossa fé e desafiando a maldade".
Neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também fez um breve pronunciamento na Casa Branca sobre o atentado contra Trump.
No discurso, Biden disse que ordenou uma investigação independente sobre o ataque no comício e afirmou que Trump recebeu um reforço na sua segurança e terá todos os recursos para garantir sua proteção.
Biden disse ainda que forças de segurança serão reforçadas em Wisconsin, onde a Convenção Republicana acontecerá.
Fonte: * Com informações da Associated Press