Tenente-coronel da PM de São Paulo é demitido e condenado por
envolvimento em esquemas de cassinos ilegais
Recentemente, um caso notável ecoou pelos corredores do Tribunal de Justiça
Militar (TJM-SP), envolvendo o tenente-coronel Rogério Carbonari Calderari,
apelidado de "Las Vegas". Calderari, até então integrante da Polícia Militar de
São Paulo, foi demitido e condenado por participação em esquemas de cassinos
ilegais, marco de uma investigação extensa que expôs as profundezas da
corrupção dentro da instituição.
O agora ex-tenente-coronel foi condenado a mais de 12 anos de detenção
por corrupção passiva e seu envolvimento em organização criminosa. Os
desembargadores da corte, em decisão unânime, entenderam que Calderari, além de
participar, atuava activamente nos esquemas que ilicitamente exploravam jogos
de azar na capital paulista.
O que levou à demissão do
Tenente-Coronel Calderari?
Nomeado entre seus pares como "Las Vegas", Calderari não apenas ganhou esse
apelido devido à sua conexão com os jogos de azar, mas também pela sua intensa
participação nos esquemas corrpuptivos que os envolviam. Segundo o acórdão, era
notório entre a tropa que Calderari recebia dinheiro de forma regular dessa
exploração ilegal.
Na estrutura de sua atuação, Calderari estava encarregado, inicialmente
como major, no 22º Batalhão Metropolitano da PM, de evitar que os cassinos
operados pelo grupo fossem fiscalizados pela polícia. Em uma estratégia de
cobertura, se não conseguisse impedir as operações policiais, ele era
responsável por redirecionar as ocorrências para delegacias onde policiais
civis corrompidos permitiriam a continuidade das atividades ilegais.
Ilegalidades encontradas durante a investigação
Além de gerenciar o esquema, durante as buscas no quarto de Calderari, foram
encontradas armas de fogo e munições irregulares, incluindo uma pistola calibre
.380 acompanhada de acessórios. Esses elementos só contribuíram para
solidificar sua participação no crime organizado e sua demissão posterior pela
Justiça Militar.
Após a decisão final do TJM-SP, registra-se que o ex-oficial praticou
atos que contrariam os valores fundamentais da moral policial-militar, como a
lealdade e a honestidade, e que, além disso, ignorou princípios de hierarquia e
disciplina que são pilares da instituição militar.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/