Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitaram ao Supremo
Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10), acesso irrestrito à delação
premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente da República,
acerca do caso envolvendo as joias oferecidas como presentes pela Arábia
Saudita.
A defesa do líder conservador solicitou ao ministro Alexandre de Moraes,
relator do caso no STF, "irrestrita disponibilização de acesso e extração de
cópias de todos os feitos a serem listados". E requereu também todo o "registro
audiovisual integral – sem cortes ou edição de imagens e com os correspondentes
códigos hash dos arquivos de mídia (dados, imagens, áudios e/ou vídeos, entre
outros) – de todos os atos da referida colaboração premiada, inclusive das
negociações e dos depoimentos prévios à celebração e homologação do acordo".
De acordo com o relatório apresentado pela Polícia Federal – que serviu
de base para indiciar Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas – houve crime de
peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia criminosa.
Alexandre de Moraes retirou, na última segunda-feira (8), o sigilo do
inquérito referente à suposta venda de joias recebidas pela Presidência da
República durante a gestão de Bolsonaro.
O relator determinou que advogados regularmente constituídos tenham
acesso integral ao processo e abriu vista para análise pela Procuradoria-Geral
da República (PGR).
Moraes concluiu que, com a apresentação do relatório final do caso pela
Polícia Federal na semana passada, não há justificativa para manter o processo
sob sigilo.
Petição acesso integral – gravações: Clique aqui.
Petição a todos os autos correlatos: Clique aqui.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/