O acúmulo de gordura nas células hepĂĄticas, conhecido no meio médico como esteatose hepĂĄtica, estĂĄ se tornando uma preocupação crescente de saúde pública no Brasil. Este fenômeno pode levar à inflamação crônica do fígado, com riscos significativos de evoluir para condições mais graves, como cirrose e câncer hepĂĄtico.
A prevalĂȘncia dessa condição é alarmante: estima-se que um quarto da população brasileira tenha alguma forma de gordura no fígado, com uma parcela desses casos correndo sério risco de complicações. No entanto, muitos dos afetados não estão cientes de sua condição, o que complica as estratégias de combate à doença.
Segundo especialistas, o diagnóstico precoce é crucial para prevenir as sequelas da esteatose hepĂĄtica. O Dr. Marcos Pontes, da Clínica Evoluccy em Brasília, destaca a dificuldade em identificar a doença nas fases iniciais, jĂĄ que muitos pacientes não apresentam sintomas claros e específicos.
Fatores como sedentarismo, obesidad e, uso de ĂĄlcool e até características hormonais, como o aumento na produção de estrogĂȘnio, podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da esteatose hepĂĄtica. Curiosamente, a condição também pode ser vista em indivíduos magros ou que não consomem ĂĄlcool, mostrando a complexidade e a diversidade do problema.
Diante desses sintomas, é fundamental buscar orientação médica para realizar exames de imagem, como ultrassom de abdômen, e anĂĄlises que quantifiquem enzimas hepĂĄticas e ferritina no sangue.
Quando identificada precocemente, a esteatose hepĂĄtica pode ser gerenciada e até revertida com mudanças significativas no estilo de vida. A inclusão de uma alimentação equilibrada e a prĂĄtica regular de exercícios são os pilares para o tratamento. Raramente, hĂĄ necessidade de intervenção médica através de medicamentos.
Fonte: terrabrasilnoticias.com