A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) determinou, nesta
segunda (8), a apreensão de pelo menos nove medicamentos vendidos
irregularmente no Brasil. A maioria deles com a promessa de emagrecimento
rĂĄpido.
Todos os lotes e apresentações de duas marcas tiveram o uso,
distribuição, comercialização e propaganda vetados.
As substâncias são anunciadas como emagrecedores naturais. Uma delas é
vendida na forma de bala de goma com a promessa de "eliminar peso, reduzir
medidas, queimar gordura, fornecer energia extra e acelerar o metabolismo" a
partir de uma única ingestão pela manhã.
O site lista pelo menos 20 componentes no produto, incluindo gengibre,
pimenta, curry e aloe vera. Os demais remédios da marca tĂȘm propostas
semelhantes, mas em apresentações diferentes, a maioria em cĂĄpsula.
Em uma segunda determinação publicada nesta segunda, foram listadas duas
"garrafadas" vendidas por um perfil específico nas redes sociais. As sanções
foram as mesmas da outra fabricante.
Neste caso, trata-se de dois produtos com promessas de melhoras gerais
para a saúde: uma bebida voltada à mulher e outra ao homem. Para cada um dos
gĂȘneros, hĂĄ uma promessa: curar candidíase, prevenir o HPV e reduzir medidas
são benefícios indicados no rótulo da bebida indicada ao gĂȘnero feminino.
As duas penalidades foram aplicadas na forma de medida cautelar e tĂȘm
como motivação a falta de registro dos produtos junto às autoridades
brasileiras. "As ações de fiscalização determinadas se aplicam a quaisquer
pessoas físicas/jurídicas ou veículos de comunicação que comercializem ou
divulguem os produtos" diz o documento publicado no DiĂĄrio Oficial da União
(DOU).
Segundo as normas sanitĂĄrias, vender medicamentos sem registro expõe a
população a riscos. O primeiro deles é a falta de comprovação da eficĂĄcia e
segurança das substâncias, uma vez que não foram submetidos aos testes e
padrões determinados pelos órgãos competentes. A venda de remédios sem o devido
alvarĂĄ ou autorização judicial é crime com pena mínima de 10 anos de reclusão.
Fonte: Portal Correio