Foto: Reprodução/Montagem do Correio de Notícias.
Recentemente anunciada, a reforma tributária liderada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva introduziu mudanças significativas nos impostos aplicados sobre bens de consumo populares, incluindo picanha e cerveja, que sofreram ajustes tributários essenciais neste novo plano econômico. Essas alterações podem afetar diretamente o bolso e a rotina alimentar dos brasileiros, impactando, sobretudo, produtos que foram simbólicos durante as campanhas eleitorais.
Neste cenário renovado, a picanha, um corte premium de carne bovina, tradicionalmente apreciado em churrascos, viu sua isenção fiscal removida. Conforme declarou o governo, uma alíquota parcial de 26,5% será aplicada ao produto. A situação da cerveja também está para mudar, com um aumento planejado no Imposto Seletivo, popularmente conhecido como "imposto do pecado".
A escolha pela tributação desses dois produtos pode ser entendida como uma estratégia para aumentar a arrecadação governamental sem afetar diretamente a cesta básica de consumo da maioria da população. Durante o anúncio do novo Plano Safra, o presidente Lula justificou que cortes de carnes considerados luxuosos, como importsados, deveriam contribuir mais fortemente para os cofres públicos, diferenciando-os das carnes do cotidiano popular, como frango e cortes mais acessíveis de bovino.
A decisão do executivo não foi recebida sem confrontos. No início desta semana, uma movimentação de deputados foi registrada, visando alterar o texto-base e implantar mais isenções, especialmente voltadas para o agronegócio, segmento significativamente impactado pela proposta. A presidência da Câmara, sob comando de Arthur Lira, teve papel crucial para acelerar a regulamentação e evitar maiores modificações no texto original, demonstrando a tensão presente entre diferentes esferas do poder legislativo.
As alterações propostas podem ter implicações diretas não apenas no custo de vida, mas também na percepção pública da atual administração. Por um lado, a necessidade de ajustes fiscais é uma realidade em um contexto de exigências por maior responsabilidade com as contas públicas. Por outro, o aumento de tributação sobre produtos populares pode gerar descontentamento em uma parcela da população que já se vê pressionada por outros aumentos de custo de vida.
A reforma, portanto, é vista como um instrumento duplo de arrecadação e de reorganização econômica, mas não está livre de críticas e desafios, ainda mais considerando o discurso de Lula em sua campanha eleitoral. Relembre, a seguir, o discurso de Lula em setembro de 2022:
Fonte: terrabrasilnoticias.com