Walter Maierovitch criticou o fórum
promovido pela faculdade do ministro Gilmar Mendes
O jurista e colunista do portal UOL, Walter Maierovitch, afirmou que o
apelidado "Gilmarpalooza", também conhecido como Fórum Jurídico de Lisboa, é um
exemplo de "escárnio da desigualdade e arrogância". Ele publicou um artigo
sobre isso na última sexta-feira, dia 28.
O Instituto Brasileiro de Ensino, uma
faculdade dirigida pelo ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal
(STF), organizou o evento que recebeu o nome de "Gilmarpalooza". Maierovitch
expressou críticas ao fórum, especulando o que alguns escritores poderiam dizer
se ainda estivessem vivos.
"No
traço imaginado de Honoré Daumier [cartunista], o "Gilmarpalooza", cafonices e
breguices à parte, é um escárnio social", escreveu Maierovitch.
O analista do UOL salientou que
empresas sob investigação em operações da Polícia Federal estão presentes no
fórum. De acordo com a pesquisa do jornal O Estado de S. Paulo, o evento
congrega executivos de no mínimo 12 empresas com processos no STF.
"Uma das estrelas do "Gilmarpalooza" é
a empresa dos irmãos Batista, beneficiada pela decisão da canhestra do ministro
Dias Toffoli, participante do evento", disse Maierovitch. "Toffoli fez a
alegria também da Odebrecht. Em uma das ações, atuou o escritório de advocacia
onde a esposa de Toffoli é associada."
Jornalista critica convidados do
"Gilmarpalooza"
Maierovitch expressou críticas aos participantes do evento, que inclui
empresários, assim como políticos e magistrados. O jornalista enfatiza que os
ministros do STF deveriam se abster de relações com políticos.
"Existe, além do componente narcisista
do ministro Gilmar Mendes, uma demonstração de prestígio e força política",
afirmou Maierovitch. "Embora magistrados devam evitar a convivência com
políticos e empresários poderosos e poderosos."
O comunicador afirmou que os
magistrados precisam valorizar a imparcialidade e independência para "ter a
liberdade para decidir de acordo com o seu convencimento, as leis e a
Constituição" Ele opinou que o evento organizado pela universidade de Gilmar
Mendes não é um ambiente que um membro do STF deveria frequentar.
"Levado em conta os valores e
obrigações de um juiz, o "Gilmarpalooza" é um lugar inadequado", disse
Maierovitch. "Os temas jurídicos, econômicos, administrativos, tratados
representam, na verdade, um panorama de disfarce de objetivos variados e
reprovados pela opinião pública." As informações são da Revista Oeste.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/