24/11/2024 +55 (83) 98773-3673

Internacional

Andre@zza.net

Militares da Bolívia cercam praça em La Paz e Evo Morales acusa tentativa de golpe

O presidente Luis Arce também reagiu ao que considera uma "mobilização irregular de unidades do Exército"

Por Blog do Elias Hacker 26/06/2024 às 17:35:11

Militar em La Paz, na Bolívia, em 26 de junho de 2024. Ex-presidente Evo Morales acusa preparação de golpe. Foto: Aizar Raldes/AFP

O presidente da Bolívia, Luís Arce, alertou nesta quarta-feira 26 contra o que chamou de "mobilização irregular de algumas unidades do Exército". Na mesma linha, o ex-presidente Evo Morales afirmou que um "golpe de Estado está em gestação".

"Convocamos uma mobilização nacional para defender a democracia contra o golpe de Estado que se prepara", prosseguiu Evo. "Declaramos greve geral por tempo indeterminado e bloqueio de estradas. Não permitiremos que as Forças Armadas violem a democracia e intimidem o povo."

Na prática, a acusação de Arce e Evo trata da movimentação de tropas e tanques na Praça Murillo, em frente à sede do governo e ao prédio do Congresso, em La Paz.

Segundo o jornal boliviano La Razón, o comandante-geral do Exército, Juan José Zúñiga, chegou ao local em um tanque e armado. O ministro de Governo, Eduardo del Castillo, estava na praça e contestou o militar: "Zúñiga, você ainda tem tempo".

A CartaCapital, George Komadina, deputado suplente por Cochabamba pelo partido de oposição Comunidad Ciudadana, afirmou que diversos batalhões da Policia Militar cercaram a Praça Murillo e seus arredores.

"Estão encapuzados e com uniformes de combate. Ainda não sabemos quais são as suas demandas, mas estão relacionadas às últimas declarações do general Zúñiga, que fez comentários políticos contra Evo", disse Komadina.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, reagiu rapidamente e declarou condenar os acontecimentos desta quarta na Bolívia. "O Exército deve submeter-se ao poder civil legitimamente eleito", publicou nas redes sociais. "A comunidade internacional, a OEA e a Secretaria-Geral não tolerarão qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar."

(Matéria em atualização)

Fonte: Carta Capital

Comunicar erro
Comentários